Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), dos 97 migrantes marroquinos que desembarcaram no Algarve entre dezembro de 2019 e setembro de 2020, apenas 33 a continuarem em território nacional. Farão alegadamente parte deste grupo, os três marroquinos detidos pela PSP por suspeita de terem, alegadamente, cometido vários crimes, entres os quais agressões e roubos, principalmente na zona de Arroios, em Lisboa.
O SEF reconhece que perdeu o rasto a 44 migrantes dos 97 que entraram em Portugal, aos quais ainda se podem somar 11 migrantes, que estarão possivelmente espalhados pela Europa.
Os três que a PSP deteve por suspeita de terem cometido vários crimes – agressões e roubos principalmente – na zona de Arroios, em Lisboa, onde fazem parte do grupo que permaneceu em Portugal.
Segundo avançou fonte do SEF ao DN, dois deles ficaram em prisão preventiva e a situação terá acalmado. “Temos uma equipa que acompanha o fenómeno e desde que os problemas foram detetados intensificamos as nossas passagens na zona de forma a presenciar e recolher informações de relevo junto da população. Neste momento não temos recebido informação que aponte para um aumento de criminalidade ou confrontos nesta zona da avenida Almirante Reis”.
Oficialmente o SEF não confirma esta situação, no entanto, um inspetor do SEF que esteve no terreno a acompanhar esta situação e falou ao DN sob anonimato, confirma a ação criminosa do trio, adiantando ainda que a situação já estava a provocar queixas dos comerciantes e residentes.
SEF perde rasto a 44 migrantes
A porta-voz deste serviço de segurança – cuja extinção proposta pelo governo foi aprovada pelo parlamento no passado dia 22 de outubro – afirma que o SEF “tem recebido pedidos de informação da PSP sobre cidadãos estrangeiros. Contudo, a informação com detalhe sobre os atos que cometem na via pública apenas poderá ser fornecida pela PSP”.
Questionado sobre a situação atual de cada um dos migrantes que desembarcou ilegalmente na costa algarvia, o SEF informa que, à data de 15 de outubro, “44 estavam em paradeiro desconhecido; 11 estarão em outros Estados Membros, nomeadamente em Espanha, Itália e França; 1 regressou a Marrocos; 8 foram deportados para Marrocos; 33 estão em território nacional – uns com manifestação de interesse para legalização com base no artigo 88º-2 (a aguardar análise), outros ainda a aguardar a decisão do pedido de proteção internacional e outros a aguardar a obtenção de documentação que permita o seu afastamento de território nacional”.