Mil mortes a mais do que o previsto pela Direção-Geral da Saúde

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As baixas temperaturas e o aumento dos casos de gripe têm aumentado a afluência a centros de saúde e serviços de urgência e provocado, entre outras causas, o aumento da mortalidade em relação ao número previsto pela Direção-Geral da Saúde para esta altura do ano. O mais recente caso de morte nas urgências ocorreu esta noite no Hospital Francisco Xavier, em Lisboa.

Em declarações ao jornal “Público” desta manhã, a subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, refere que “em duas semanas, o excesso de mortalidade já ultrapassou os mil óbitos em relação ao esperado”.

Para dar resposta aos problemas enunciados, a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo divulgou esta segunda-feira uma lista de 54 unidades dos cuidados de saúde que irão prolongar os seus horários para “fazer face à época da gripe” até 27 de fevereiro. Por enquanto, esta medida é apenas avançada pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo mas pode ser alargada a moutras zonas do país.

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Oito mortes nas urgências

O número de mortes nas urgências aumentou entretanto para oito, com o caso sucedido na noite desta segunda-feira no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, onde um homem de 91 anos, sinalizado com pulseira laranja na triagem, entrou em paragem cardiorrespiratória.

No seguimento das mortes nas urgências hospitalares e ainda desta última, a Plataforma Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) exigiu, esta segunda-feira, a demissão do ministro da Saúde. Numa carta enviada a Paulo Macedo, os membros da Plataforma responsabilizam-no “pela situação caótica nas urgências e mortes por alegada falta de assistência”, declarando que a culpa é do seu ministério e “das políticas que tem posto em prática”.

Sobre esta matéria, o secretário de Estado adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, declarou à Lusa que ainda é cedo para se concluir que as mortes nas urgências e o tempo de espera têm uma “relação clara”, alegando que “há indicadores que mostram que, de um modo geral, o tempo médio de atendimento neste ano até é mais baixo do que em anos anteriores”.

Leal da Costa afirma que “vai se procurar saber o que correu mal” para que as responsabilidades sejam apuradas, garantindo ainda que “todos os profissionais médicos que possam ser contratados pelo Estado estão contratados”.

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