“Milícias de crianças”. Iowa autoriza posse de armas a menores de 14 anos

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Um controverso projeto-lei para permitir que crianças de todas as ideias possam usar armas de fogo foi aprovado esta semana pela câmara baixa do Congresso do estado do Iowa, com 62 votos a favor e 36 contra.

A lei permite que “crianças com menos de 14 anos” possam ter e usar “uma pistola, um revólver ou munições” sob supervisão parental. Segue agora para o Senado, a câmara alta do órgão legislativo estatal, onde deverá ser aprovada na segunda-feira, antes de ser promulgada pelo governador, o republicano Terry Branstad.

“É nossa impressão de que a maioria dos estados [norte-americanos], ou provavelmente todos, permitem a posse de armas de fogo a menores sob supervisão dos pais”, declarou Allison Anderman, advogada do Centro Legal de Prevenção de Violência com Armas de Fogo. “Se há limitações de idade para essa posse de armas, variam de estado para estado”, alegou.

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Citada pelo canal KCCI do Iowa, a representante democrata Kirsten Running-Marquardt, que integra o grupo de 36 legisladores que se opõem à medida, disse que a nova lei “permite que crianças de um ano, dois anos, três e quatro anos de idade possam manusear armas de fogo”, acrescentando: “Não precisamos de milícias de crianças e bebés.”

Novo tiroteio faz três mortos no Kansas

O projeto-lei do Iowa foi aprovado na terça-feira, mas só esta sexta-feira é que começou a ser noticiado pelos media norte-americanos e no estrangeiro.

Horas antes disso, um novo tiroteio teve lugar em Hesston, no estado do Kansas, um que na quinta-feira se saldou em três mortos. De acordo com as autoridades locais, um homem armado abriu fogo dentro de uma fábrica de máquinas de cortar relva, provocando ainda ferimentos em 14 pessoas antes de ser abatido pela polícia com um tiro na cabeça. O suspeito era empregado da fábrica. Dez dos 14 feridos continuam internados em estado grave.

Este ataque com arma de fogo, o 43.º a ter lugar nos Estados Unidos desde o início deste ano, aconteceu menos de uma semana depois de um motorista da Uber ter levado a cabo uma série de ataques indiscriminados em Kalamazoo, no Michigan, matando sete pessoas a tiro e ferindo outras duas.

Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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