Ministério promete “reabilitar” o centro de reabilitação

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Os constrangimentos que atingem o CMRSul acumulam-se desde 2013, quando a gestão do centro passou a ser responsabilidade da ARS do Algarve

Já foi a unidade mais eficiente do país a tratar doentes graves. Porém, desde 2013 que o serviço prestado no Centro de Medicina e Reabilitação do Sul (CMRS) tem vindo a cair a pique. A solução do ministro da Saúde passa por dar “autonomia financeira e de gestão” ao centro, para “um funcionamento adequado às necessidades”. Autarcas e utentes pedem celeridade e a maior urgência neste processo

Os problemas no Centro de Medicina e Reabilitação do Sul (CMRS), em São Brás de Alportel, começaram no final de 2013, quando a gestão reverteu à tutela pública, sob a responsabilidade da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve. Logo nos primeiros meses, vários médicos, enfermeiros e fisioterapeutas deixaram de trabalhar no centro e não foram substituídos. E esta “sangria” de pessoal prolongou-se até hoje.

Esta unidade, que já foi apontada como “a mais eficiente do país” no que toca à recuperação de doentes graves em termos de mobilidade (o CMRS é um dos apenas quatro Centros de Medicina Física e Reabilitação existentes em Portugal: Alcoitão, Rovisco Pais na Tocha, Vila Nova de Gaia e São Brás de Alportel), encontra-se neste momento a funcionar com metade das camas fechadas por falta de pessoal. Além disso, um dos dois pisos de internamento está encerrado e o serviço de ambulatório foi reduzido ao mínimo.

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Pedro Alves Andrade, de 37 anos, residente em Armação de Pêra, é um dos utentes do centro de reabilitação em São Brás de Alportel, depois de ter sido vítima de um acidente de viação, em 2007, que o deixou na condição irreversível de paraplégico.

O utente, que está de novo internado no CMRS para um processo de reavaliação clínica, usufruindo da proteção prevista por lei aos deficientes sinistrados no trabalho, denuncia ao JA que o serviço prestado no centro está a deteriorar-se a cada dia que passa.

“O funcionamento do centro encontra-se a 50% da sua capacidade de funcionamento por falta de meios humanos. E um dos pisos de internamento está encerrado, assim como foi reduzido o serviço de ambulatório a um mínimo quase insignificante”, queixa-se Pedro Alves Andrade…

(NOTÍCIA PUBLICADA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – DIA 6 DE ABRIL)

Nuno Couto | Jornal do Algarve

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