Só na primeira metade deste ano, distrito judicial de Lisboa abriu 261 inquéritos relacionados com este crime
A corrupção está cada vez mais debaixo de olho. Os crimes económicos estão sob apertada fiscalização judicial e mediática e as competências das entidades de supervisão têm sido reforçadas. São elementos que ajudam a explicar a média de dois novos casos de corrupção que dão entrada, a cada dia que passa, no Ministério Público.
Só nos primeiros seis meses do ano, o distrito judicial de Lisboa abriu 261 inquéritos relacionados com este crime, segundo o balanço do primeiro semestre de actividade da Procuradoria-geral distrital de Lisboa (PGDL), citado pelo «Diário Económico».
«O semestre foi marcado por resultados significativos, tanto no que se refere à criminalidade associada aos mercados financeiros e de valores mobiliários como no das grandes fraudes», revelou a procuradora que dirige a PGDL, Francisca Van Dunem.
Recorde-se que os últimos meses foram «ricos» nesta matéria. O caso do BCP vai levar a julgamento os ex-presidentes Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal e ainda os dois ex-administradores Christopher de Beck e António Rodrigues. Também o processo do BPN tem marcado a agenda mediática. O ex-administrador José Oliveira e Costa vai a tribunal em Outubro, responder pelos crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documento e branqueamento de capitais.
