Ministério Público investiga falência da Moviflor

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Os trabalhadores da Moviflor estão à espera de obter explicações

O Ministério Público está a investigar o encerramento compulsivo das lojas da Moviflor (empresa de mobiliário que estava em Processo Especial de Revitalização (PER) há quase um ano), na sequência de uma queixa do Sindicato do Comércio e Serviços de Portugal por alegadamente não ter sido pago aos trabalhadores e credores dívidas em atraso, noticia o “Público”.

Um grupo de ex-trabalhadores da Moviflor prepara-se para protestar, sábado, em frente à antiga loja da Moviflor na Bobadela. É que este estabelecimento reabriu no passado fim de semana, mas com um novo nome e tem à venda móveis que os antigos funcionários garantem pertencer à empresa portuguesa. Com dúvidas quanto à legalidade e legitimidade da abertura do Outlet de Móveis, como é denominada a loja, os trabalhadores esperam obter explicações. “Como credores, temos o direito a ser informados sobre como apareceu o material da Moviflor nesta loja, numa empresa que parece não ter nada a ver com a Moviflor, mas cujo dono é o mesmo”, denuncia Lídia Oliveira, uma das funcionárias afectadas pelo despedimento colectivo de fevereiro, citada pelo “Público”.

De acordo com a edição de hoje do “Público”, a loja da Bobadela denomina-se International Furniture Company (IFC), que, segundo o registo do Ministério da Justiça, foi criada a 18 de julho deste ano e tinha como administrador único André Teixeira. Menos de um mês depois, a 8 de agosto, houve alterações nos órgãos sociais: André Teixeira renuncia ao cargo e entra para o seu lugar Carlos Alberto Jesus Ribeiro, que até 4 de agosto era o administrador único da Moviflor SGPS, a holding que detém 75% da Moviflor Angola.

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Além de dívidas a fornecedores, a Moviflor não pagou alguns dos salários aos trabalhadores, nem as indemnizações do despedimento coletivo, que levou a cabo ao abrigo do programa de recuperação. A 13 de outubro, a empresa alterou a denominação social para Albará e é com esse nome que regressa aos tribunais para enfrentar uma eventual nova insolvência. De acordo com os resultados financeiros de 2013, os prejuízos ultrapassaram os 18,7 milhões de euros (menos 69% do que 2012), e as vendas chegaram aos 31 milhões de euros (-63%).

RE

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