Ministra garante que crianças no Garcia de Orta não correm “risco grave de saúde”

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A ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou hoje que as crianças envolvidas no acidente de troca de medicamentos no Hospital Garcia de Orta (Almada) não correm neste momento “nenhum risco grave de saúde”.

“É precoce para dizer quais as consequências todas das lesões, mas serão situações ultrapassáveis e que não deixarão provavelmente qualquer complicação a estas crianças”, disse a governante, à margem de uma cerimónia da Fundação Gil, em Lisboa.

Adiantou ainda que na segunda feira será feita uma reavaliação e que as crianças se encontram em acompanhamento permanente por profissionais e pelas mães.

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Segundo as informações de que dispõe, o acidente deu-se pela troca de um medicamento “semelhante do ponto de vista da coloração e da consistência” ao que deveria ter sido administrado.

“Obviamente que é muito lamentável o sucedido, mas pensamos que o produto não é um cáustico e não vai deixar lesões graves”, sublinhou a ministra.

Ana Jorge escusou-se a adiantar o que terá estado na origem da troca de produto, remetendo para a investigação interna do hospital. Mas lembrou
que as normas em termos de segurança indicam que os produtos não podem estar em embalagens iguais e devem ter um rótulo suficientemente bem identificado.

“Temos vindo a desenvolver [na generalidade dos hospitais] projetos de certificação da qualidade, que incluem regras de armazenagem, de rotulagem e uma ‘check-list’ de procedimentos, para diminuir a possibilidade do erro”, adiantou.

Relativamente à médica envolvida no acidente, a ministra qualificou-a como “muito conceituada e grande profissional na área”, remetendo para a
conclusão do processo interno de averiguações as eventuais consequências para esta profissional.

“Provavelmente, esta médica está muito preocupada e contristada com o que aconteceu. Vamos respeitar todo este processo e aguardar”, pediu.

Esta manhã, fonte do hospital tinha informado à Lusa que as duas crianças seriam reavaliadas segunda feira para ser tomada uma decisão e que a médica envolvida não foi suspensa de funções.

Uma troca de medicamentos na unidade de Almada, na sequência de um exame de diagnóstico à audição provocou um “acidente” com duas crianças na sexta feira, conforme informações da administração daquele hospital, que iniciou um inquérito de averiguações interno.

O procedimento deverá estar concluído dentro de cerca de três semanas, acrescentou a mesma fonte.

As crianças continuam estáveis, sem correr perigo de vida, reafirmou a fonte, sublinhando que os pais “foram devidamente informados” logo depois do acidente e que se “têm mostrado compreensivos e cooperantes”.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico **

JA/Lusa

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