Ministro da Defesa do Brasil disponível para integrar força de paz

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Ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim

O ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, admitiu hoje à Lusa o envio de tropas do seu país para uma força de estabilização na Guiné-Bissau, desde que sob a bandeira da ONU, e garantiu que os seus efetivos “têm preparação para tudo”.

“O Brasil tem ‘know how’ para participar em qualquer missão de paz”, destacou Jobim ao ser questionado pela agência Lusa sobre uma possível participação na composição de uma força internacional de estabilização na Guiné-Bissau.

“Se houver necessidade de colaborar, o Brasil tem disponibilidade para isso”, assegurou o ministro, lembrando que o seu país “só opera sob a bandeira das Nações Unidas”.

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No momento que a ONU propuser a participação do Brasil, “nós vamos examinar com atenção”, admitiu.

“Nós queremos colaborar evidentemente com a estabilidade de Guiné Bissau”, ressaltou Jobim.

Ao ser questionado se os militares brasileiros estão preparados para uma missão num país africano de língua portuguesa, que vive um contexto político vulnerável desde a morte do general Tagmé Na Waié e do Presidente “Nino” Vieira por militares armados que invadiram a sua residência em março de 2009, Nelson Jobim assegurou que o país “tem preparação para tudo”.

Segundo o governante, não há dificuldades: “É uma questão técnica de logística”, assegurou.

“Temos no Rio de Janeiro um corpo de preparação de oficiais administrado pelo Ministério da Defesa que faz o treinamento para as operações de paz, o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB)”, explicou.

O país, segundo referiu Jobim, “tem expertise” nas missões de estabilização a partir da sua atuação bem sucedida no Haiti, nas Caraíbas.

“A técnica brasileira é que não temos um batalhão de operações de paz, todos os militares brasileiros circulam nesses cursos e nas operações de paz. A cada seis meses mudamos um grupo, temos gente para que essa experiência seja transitada para todo o efetivo”, esclareceu ainda.

AL/JA

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