Ministro fã da batata-doce apela ao consumo de produtos regionais

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O ministro da Agricultura apelou sexta-feira a todos os cidadãos para que optem por comprar produtos locais, regionais ou nacionais em vez dos estrangeiros. Segundo António Serrano, que esteve em Aljezur na abertura do Festival da Batata-Doce, esta é a melhor forma de ajudar não só a economia portuguesa, como também os agricultores nestes tempos difíceis. Para a batata-doce de Aljezur, esse é um problema que não existe, já que as 20 toneladas produzidas por ano esgotam-se quase todas neste festival.

O novo espaço multiusos de Aljezur foi inaugurado em grande, sexta-feira, com mais uma edição do Festival da Batata-Doce. O evento, que atraiu durante três dias muitos milhares de visitantes ao município, contou este ano com a presença do ministro da Agricultura, que lançou um forte apelo a todos os portugueses para que consumam produtos locais e nacionais.

“Todos nós podemos contribuir para reduzir as importações e assim ajudar a economia portuguesa a ultrapassar este período muito difícil”, frisou António Serrano, salientando que “ao comprarmos produtos da nossa terra estamos também a garantir a sustentabilidade dos nossos agricultores”. “É uma escolha onde todos saem a ganhar”, realçou.

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O ministro, que confessou ser um “grande apreciador” da batata-doce de Aljezur – “um produto certificado e já reconhecido em toda a Europa” – sublinhou que os portugueses devem ser “dedicados e determinados” nesta causa, encarando-a como uma séria prioridade.

“Não temos alternativa. Atualmente, a agricultura ainda desempenha um papel muito importante para o nosso país, pois temos a capacidade de produzir 84 por cento do que consumimos. No entanto, ainda compramos demasiados produtos ao estrangeiro”, revelou o governante.

Segundo o ministro da Agricultura, na origem deste aumento das importações de produtos estrangeiros nas últimas décadas está o facto de “os portugueses terem introduzido na sua dieta muitos produtos que não existem em Portugal”.

“As pessoas deviam pensar antes de comprar. E deviam escolher sempre produtos da nossa terra, locais ou nacionais. Afinal, se podemos comprar laranjas do Algarve, porque vamos comprar manga do Brasil?”, questionou.

Um festival determinante para o mundo rural

O presidente da Câmara de Aljezur revelou ao JA que o concelho produz anualmente cerca de 20 toneladas de batata-doce, um produto local que não está em crise.

“Quase a totalidade da nossa produção é vendida no festival, o que reflete o sucesso de ambos”, destacou José Amarelinho, acrescentando que o número de expositores nesta edição atingiu os 92, contra os 70 presentes em 2009.

Segundo o autarca, “a recente atribuição do selo de Indicação Geográfica Protegida – alcançada após uma década de luta dos produtores locais – vai continuar a garantir a qualidade e o futuro da batata-doce de Aljezur por muitos anos”, na medida em que, com a certificação, “o produto tem de obedecer a uma série de requisitos, que vão desde o cultivo tradicional até à forma de comercialização”.

Por tudo isto, José Amarelinho referiu que o Festival da Batata-Doce é, hoje, “uma homenagem aos atuais e aos futuros produtores do concelho, porque esta é uma atividade com grandes potencialidades no município”.

(texto publicado na íntegra na próxima ediçao em papel do Jornal do Algarve – 2 de dezembro)

Nuno Couto / Jornal do Algarve

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