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O deputado comunista Paulo Sá, eleito pelo Algarve, questionou esta quinta-feira o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, durante uma audição no âmbito do Orçamento de Estado, sobre o que considera uma “atuação ilegítima” da ANA-Aeroportos de Portugal no Aeroporto de Faro, mas o governante optou por não responder.
Paulo Sá pretendia saber quais as medidas que o Governo vai tomar para “pôr cobro à atuação ilegítima da ANA-Aeroportos de Portugal, comandada pela multinacional Vinci”, para “defender os direitos dos trabalhadores, vítimas de um despedimento selvagem” e para “defender as pequenas empresas que estão a ser vítimas de extorsão por parte da ANA-Aeroportos de Portugal”.
O deputado não obteve respostas, mas avançou, de imediato, com as mesmas questões, mas por escrito, depois de já o ter feito antes do final do ano.
“Colocámos estas questões ao Ministério do Planeamento e Infraestruturas, por escrito, no início de dezembro. Na sua resposta, que chegou anteontem, o Ministério limitou-se a reproduzir os argumentos da ANA”, explicou Paulo Sá.
Refira-se que o deputado também já tinha colocado estas mesmas questões ao anterior Governo, que “assobiou para o lado”, referiu.
“Não esperávamos outra coisa do Governo PSD/CDS, que estava claramente ao serviço do grande capital, contra os trabalhadores e as pequenas empresas. Do atual Governo exige-se que não atue como porta-voz dos interesses da ANA-Aeroportos de Portugal, mas que, ao invés, atue de forma decisiva em defesa dos trabalhadores e das pequenas empresas que desenvolvem a sua atividade no Aeroporto de Faro”, considerou Paulo Sá.
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