Moody’s corta rating de oito bancos portugueses

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A agência de notação financeira desceu hoje o rating de cinco bancos portugueses a um nível e a outros três a dois níveis, após o corte do rating da dívida pública portuguesa.

A agência de notação financeira Moody’s cortou hoje o ‘rating’ de oito bancos portugueses, cinco descem um nível e a outros três são cortados dois níveis, na sequência do corte em dois níveis do ‘rating’ da dívida pública portuguesa.

Em comunicado, a agência indica que o ‘rating’ da Caixa Geral de Depósitos, do Santander Totta, do Banco Espírito Santo (BES), do Banco BPI e do Espírito Santo Financial Group foi revisto em baixa em um nível.

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O Banco Comercial Português (BCP), o Montepio Geral e o Banif sofreram, por sua vez, um corte de dois níveis.

O ‘rating’ atribuído ao Banco Português de Negócios, de Baa3/Prime-3 a ser analisado para um possível corte, manteve-se inalterado.

“O corte no ‘rating’ da dívida dos oito bancos portugueses reflete a capacidade reduzida do Governo em apoiar os bancos”, afirma a vice presidente adjunta, e responsável pela avaliação dos bancos portugueses na Moody’s, Maria-Jose Mori, no comunicado.

No caso do Santander Totta, BES e BPI, o corte que foi apenas de um nível é explicado pela maior flexibilidade financeira que lhes permite compensar o impacto de um menor apoio sistémico.

A agência sublinha ainda que, no caso destes três bancos, a probabilidade de existir apoio sistémico disponível para estes bancos é maior uma vez que dispõem de um papel proeminente dentro do sistema financeiro português.

No caso do BCP, Montepio Geral e Banif, os bancos tinham um ‘rating’ individual mais baixo sofreram um corte de dois níveis por estarem “mais expostos a um enfraquecimento do apoio sistémico”.

A Caixa Geral de Depósitos é a exceção, que vê o seu ‘rating’ ser cortado em apenas um nível apesar do seu ‘rating’ individual ser mais baixo, porque continua a beneficiar de um forte apoio sistémico devido à sua dimensão e condição de banco completamente detido pelo Estado.

O ‘rating’ do Espírito Santo Financial Group foi cortado em um nível porque o ‘rating’ do BES foi também cortado e este é o principal elemento a ter em conta na avaliação a realizar ao banco.

JA/Lusa

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