Moody’s sobre cimeira europeia: não foram tomadas “medidas decisivas”

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A agência de notação faz um balanço da cimeira europeia de 8 e 9 de dezembro e conclui que “a coesão da zona euro permanece sob ameaça constante”. Mantém a previsão de uma revisão das notações dos países da zona euro no 1º trimestre de 2012.

Numa nota emitida em Londres esta manhã, a agência de notação Moody’s (do grupo de Warren Buffett) refere que a sua análise global sobre a situação da zona euro não mudou depois da cimeira europeia de 8 e 9 de dezembro. “As medidas anunciadas não mudam a análise anterior de que a crise está num estádio crítico e volátil, com os mercados da dívida soberana e da dívida dos bancos predispostos para uma desarticulação aguda que os decisores políticos verificarão cada vez mais díficil de conter”, refere o comunicado.

Apesar da Moody’s manter um cenário central “positivo” (aspas do próprio comunicado) de preservação da zona euro, critica a abordagem “incremental” que continua a ser seguida, que torna cada vez mais prováveis “cenários severos, incluindo incumprimentos múltiplos por parte de países da zona euro e saídas daquela zona”.

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A agência sublinha um problema politico interno que permanece: “As medidas anunciadas refletem uma tensão contínua entre o reconhecimento por parte dos líderes das necessidades de mais apoio para os países fracos em termos orçamentais e uma oposição significativa dentro dos países mais fortes para dar esse passo”. Essa tensão mantém-se numa conjuntura em que aumenta “o risco de condições económicas adversas”.

Deste modo, em virtude da “ausência continuada de medidas de políticas decisivas”, a Moody’s revisitará as notações de crédito dos países membros da zona euro no primeiro trimestre de 2012.

JA/Rede Expresso
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