O poeta e ensaista António Ramos Rosa, de 88 anos, morreu cerca das 14h de hoje, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, onde estava internado desde quinta-feira com uma pneumonia, disse ao Expresso uma sobrinha do escritor.
Gizela Ramos Rosa disse ainda que o tio já tinha sido internado recentemente, mas recuperara, regressando à residência Faria Mantero, um lar para artistas onde residia há vários anos.
António Ramos Rosa nasceu em Faro em 17 de Outubro de 1924. Foi Prémio Pessoa em 1988.
Do seu círculo de amigos mais próximo – e da geração mais próxima da dele – fizeram parte os escritores “Vergílio Ferreira, Casimiro de Brito, João Rui de Sousa, Maria Teresa Horta e Maria Alberta Menéres”, disse ao Expresso o poeta Victor Oliveira Mateus. “Ramos Rosa apoio alguns nomes das gerações seguintes com quem manteve relações de proximidade. Foi o caso de António Carlos Cortez, Maria Teresa Dias Furtado e eu próprio”, acrescenta Victor Oliveira Mateus.
Ramos Rosa tem uma “obra multifacetada, embora predomine a poesia. Foi um exímio tradutor e ensaista”, lembra Oliveira Mateus.