Morreu João Santos, fundador da associação Almargem

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João Santos, um dos fundadores e sócio número um da associação ambientalista Almargem, faleceu esta segunda-feira, aos 66 anos, no Hospital de Faro, vítima de doença oncológica.

Natural de Gouveia, na Guarda, João Santos, biólogo de formação, estava radicado no Algarve desde 1979, onde residia desde então, em Loulé, e onde exerceu a atividade de professor do ensino secundário.


Homem de causas, João Santos viria a ser fundador da Almargem, com outros, em 1988, tendo integrado por várias vezes os corpos sociais da associação, algumas das quais como presidente da Direção, onde se assumiu como o rosto público desta, dando a cara por muitas das lutas que marcaram a sua atividade ao longo das três décadas da sua existência. Refira-se que Almargem assinala este ano os eu 30.º aniversário e é a associação de defesa do ambiente há mais tempo em atividade no Algarve.

Conhecido pelo seu pragmatismo, mas também pela sua inteligência e resiliência, associada a um humor sagaz, João Santos foi um notável e intransigente defensor do ambiente no Algarve, luta que abraçou sempre de forma abnegada.

“Impossível de dissociar da Almargem, o professor João Santos ficará para sempre ligado à história desta associação, quer pela forma incansável como se bateu por um desenvolvimento mais sustentável para a região, mas também por via de muitos dos projetos que ajudou a criar, onde se destaca a Via Algarviana, os quais viriam a projetar a imagem da associação a nível regional – mas também nacional – na defesa, divulgação e promoção do património ambiental e cultural da região”, refere a Almargem na nota de pesar enviada às redações.

Nos últimos meses, e de forma discreta, João Santos acabaria por se afastar da associação por motivos de saúde, para enfrentar uma última batalha, mas desta feita contra uma doença oncológica, a qual infelizmente, acabaria por o levar de vencido.

A associação Almargem “lamenta profundamente a perda irreparável que constitui para o concelho de Loulé e para a região do Algarve o desaparecimento prematuro do professor João Santos, e para a própria, em cuja história ficará como um dos maiores da defesa do seu património ambiental e cultural, e cujo exemplo de qualidades humanas, científicas e pedagógicas permanecerão indeléveis na memória de todos os que com ele tiveram o privilégio e a honra de privar – como defensor do ambiente no Algarve, que conhecia como poucos; como colega de trabalho; como docente; ou ‘simplesmente’ como guia e companheiro nas caminhadas inesquecíveis, que durante décadas organizou e guiou um pouco por todo Algarve”, acrescenta a Almargem na mesma nota de pesar.

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