Morreu na Síria o segundo jihadista português

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Sandro ‘Funa’ foi colega de escola de Celso e Edgar, dois irmãos jihadistas portugueses que estão na Síria há vários meses no Estado Islâmico. Os três viviam na Linha de Sintra.

O português de 28 anos morreu em combate no final de outubro, segundo fontes próximas dos serviços de informações.

Sandro foi o último português da célula de Londres a voar para a Síria com o objetivo de se alistar no Estado Islâmico. Lá, o jovem juntou-se aos quatro amigos que tinham saído da capital inglesa poucos meses antes: Fábio, Patrício, Celso e Edgar.

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O Expresso sabe que Sandro ‘Funa’ pertence a uma família de origens africanas e, tal como aconteceu com todos os outros quatro portugueses, também passou a juventude na Linha de Sintra.

O primeiro mártir
A 22 maio, chegou a notícia da morte do primeiro português ao serviço do EI. Lusodescendente com família em Toulouse (França), cometeu um atentado suicida no Iraque. Morreu depois de o seu carro explodir contra uma fábrica.

Osama Al-Faransi, o seu nome de guerra, filho de um casal de Tondela emigrado em Toulouse, levou uma bomba artesanal no interior de um carro com um objetivo: explodi-la junto de instalações militares do exército iraquiano, perto de uma fábrica de farinha, na vila de Umm Al-Amad, arredores de Bagdade. A missão foi cumprida à risca e dezenas de pessoas, a maioria civis, morreram ou ficaram gravemente feridas.

O kamikaze morreu de imediato naquele que é considerado um dos maiores ataques-suicidas do Estado Islâmico (EI) fora da Síria. E tornou-se num dos mártires dos fundamentalistas islâmicos.

A fotografia do cadáver de Abu Osama Al-Faransi surgiu nas dezenas páginas de propaganda da organização liderada por Abu Bakr al-Baghdadi logo a seguir ao ataque. E a edição de junho do jornal oficial do EI, o “Islamic State News”, fez a cobertura fotográfica do ataque de Al-Faransi, bem como de outros kamikazes estrangeiros mortos em combate, um de nacionalidade alemã (Uthman al-almani) e outro da Líbia (Abou Aasim al-Libi).

Todos se fizeram explodir com engenhos artesanais em carros-bomba, em três vilas diferentes do Iraque. Este tem sido, aliás, um dos métodos de intimidação mais usados pelas tropas fundamentalistas desde que entraram em território iraquiano.

Numa reportagem da RTP exibida em agosto, a família de Al-Faransi em França disse não imaginar que o filho se tinha juntado aos homens de Abu Bakr al-Baghdadi. Sabiam que ele tinha partido para a Síria, mas disse que viajava “por motivos humanitários” e que iria “ajudar as crianças da Síria”.

RE

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