Morreu o Nobel da Literatura Imre Kertész, a “penúltima testemunha de Auschwitz”

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O escritor húngaro Imre Kertész, vencedor do Nobel da Literatura no ano de 2002, faleceu esta quinta-feira aos 86 anos, vítima de doença prolongada. A notícia é avançada pela agência Reuters, que cita o editor do escritor. Segundo o diário espanhol “El Mundo”, ele era a “penúltima testemunha viva de Auschwitz.

Foi aliás esta a temática de toda a sua obra, de que se destaca “Sem destino” (datado de 1975, mas apenas editado em Portugal em 2003, pela Editorial Presença), que é ainda hoje considerada uma das mais bem escritas obras sobre o Holocausto. Seguiram-se “A recusa” (2003, Editorial Presença) – segundo volume de uma trilogia sobre os horrores da II Guerra Mundial – ou “Um outro”, livro em registo de diário.

Contemporâneo de grandes autores do século XX como Primo Levi, também sobrevivente do Holocausto, o húngaro de ascendência judaica nasceu em Budapeste no ano de 1929. Cedo é deportado para Auschwitz, aos 14 anos, onde vê na primeira pessoa as atrocidades cometidas durante o regime nazi.

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Este é aliás um dos argumentos apresentados pelo comité do prémio Nobel para a tribuição do prémio a Kertész em 2002, considerando a sua obra literária como “a derradeira verdade” sobre o Holocausto.

Em Portugal, encontram-se publicados pelo menos cinco livros de Imre Kertész, todos editados após ser galardoado pelo comité sueco. Para além dos já citados, estão também disponiíveis em português “Kiddish para uma criança que não vai nascer” (2004, Editorial Presença), “Aniquilação” (2006, Verbo) e “Um outro” (2009, Editorial Presença).

(Rede Expresso)

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