Movimento cívico alerta para situação difícil do Hospital de Portimão. CHUA reconhece falta de especialistas

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O movimento cívico ‘Portimão Sempre’ vai organizar uma manifestação no próximo sábado, dia 13 de julho, às 15h00, com o objetivo de “chamar a atenção para o estado de falência total a que o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) chegou, destacando-se o Hospital de Portimão”. A concentração terá lugar em frente à Câmara de Portimão, havendo depois uma marcha pelas ruas da cidade até ao hospital.

“Esta iniciativa ocorre na sequência de notícias extremamente preocupantes acerca do fecho de serviços prestados à comunidade, devido à ausência de médicos para assegurar as escalas, com especial incidência nos serviços de obstetrícia e pediatria, que tem implicado a transferência de gestantes em trabalho de parto para outros hospitais, tendo havido, inclusivamente, ocorrências de transferências para fora da região, o que coloca em causa a saúde das pessoas necessitadas deste tipo de serviços”, salienta o movimento em comunicado.

O ‘Portimão Sempre’ adianta ainda que irá dar “um prazo de uma semana”, para que um dos membros do Governo venha a Portimão anunciar “medidas efetivas que assegurem, não só a manutenção em total permanência da nossa maternidade e serviços relacionados, como também para acorrer às gritantes faltas que existem nos outros serviços deste hospital, que envolve toda a região do barlavento (Vila do Bispo, Aljezur, Monchique, Lagos, Portimão, Lagoa, Silves e Albufeira)”.

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Após o fim deste prazo de sete dias, que começa a contar depois da manifestação do próximo sábado, o movimento cívico promete endurecer o tom do protesto, numa altura em que o Algarve está cheio de turistas e que se aproxima a campanha eleitoral para as eleições legislativas.

CHUA reconhece falta de médicos especialistas

Entretanto, o conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve enviou um comunicado à redação do JORNAL do ALGARVE, onde esclarece que a situação relatada nas notícias, que davam conta que uma grávida de 28 semanas foi encaminhada para o Hospital de Évora, não se deveu à falta de profissionais de saúde, “mas sim a razões clínicas avaliadas pela equipa médica de Portimão, tendo em conta que a ocupação da unidade de neonatologia se encontrava lotada nesse momento”. A administração salienta ainda que a utente foi transferida diretamente do Hospital de Portimão para o Hospital de Évora.

Ainda assim, o CHUA reconhece a carência de médicos especialistas, sublinhando que “tem feito tudo o que está ao seu alcance no sentido de garantir as escalas e a capacidade de resposta em urgência, tendo para tal efetuado, junto de diversos hospitais do SNS, pedidos de cedência temporária de profissionais, assim como a possibilidade de estabelecimento de protocolos para médicos e outros especialistas”.

A administração do CHUA frisa ainda que tem estabelecido contacto com empresas de prestação de serviços médicos e que procedeu ainda à abertura de concursos de admissão de médicos, mas estes têm ficado desertos por falta de candidatos.

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