O Ministério Público deduziu acusação contra uma mulher de 34 anos de idade pela prática de um crime de burla qualificada, tendo requerido o julgamento por tribunal coletivo.
Durante dois anos, Daniela Costa, residente em Albufeira, enganou tudo e todos e angariou milhares de euros, através de campanhas solidárias promovidas por empresários e associações, até ser detida pela GNR em novembro de 2018.
De acordo com a acusação, “durante mais de dois anos” a arguida viveu dos fundos que obteve com a falsa alegação de que tinha uma doença oncológica em fase terminal. “Terá começado por dizer isso aos seus conhecidos e familiares, incluindo os seus filhos e companheiro e foi conseguindo que várias pessoas, por solidariedade, lhe entregassem elevadas quantias para a ajudarem, designadamente nos supostos tratamentos. De forma a convencê-las, terá chegado a rapar o cabelo, a tirar fotografias em instituições de saúde especializadas no tratamento da doença, a simular feridas”, revela o MP.
Ainda segundo a acusação, foram, desse modo, feitas campanhas em redes sociais e organizadas festas “cujos lucros reverteram para a arguida, que conseguiu, assim, receber pelo menos duas dezenas de milhares de euros”.