Município de Portimão aposta na valorização de Alvor

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Com vista à preservação e valorização do património da vila de Alvor, foi celebrado no passado dia 17 de Setembro um protocolo de cooperação entre o Município de Portimão e a Freguesia de Alvor.

 Através da valorização e divulgação do seu património histórico, ambiental e cultural, dando a conhecer mais particularmente as suas gentes e vivências, o projecto será desenvolvido em várias fases, ao longo dos próximos anos, significando para Artur Santana, presidente da Freguesia local, “o culminar de um trabalho de bastidor, que passa do papel à prática, a ambição de tornar Alvor uma terra culturalmente mais atractiva.

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 Artur Santana destacou em especial a recuperação de diversos edifícios emblemáticos, ealçando ainda que um dos principais objectivos do acordo agora celebrado é “reduzir a sazonalidade que se sente no sector turístico, atraindo muitos mais visitantes para a vila, principalmente durante a época baixa”.

 Segundo Manuel da Luz, presidente da Câmara de Portimão, são ainda objectivos a preservação e divulgação da história local e do seu património e o contributo para a dinamização e sustentabilidade da economia local, contribuindo ainda para o reforço do sentimento identitário e de pertença na comunidade, bem como da memória colectiva dos alvorenses”.

 Na ocasião, e como uma das primeiras iniciativas no âmbito desta aposta, teve lugar o lançamento do livro “Ria de Alvor: histórias de um lugar / Mariscadores”, trabalho desenvolvido pelo fotógrafo João Mariano, que captou com a sua objectiva uma das mais antigas actividades tradicionais das gentes de Alvor, que desde sempre procuraram no mar e na ria o sustento das suas famílias.

 A obra foi apresentada por António Mega Ferreira, director do Centro Cultural de Belém e autor do prefácio, para quem “esta é uma homenagem poética aos mariscadores, responsáveis por um dos maiores prazeres da minha vida, o marisco”, sublinhando que o trabalho de Mariano se encontra “virado para as pessoas, na busca da relação entre o homem e o meio ambiente onde labora”.

 Mega Ferreira sublinhou ainda que “cada foto é um memorial, um registo para a memória de todos nós, sobre pessoas que vivem dos areais, no limiar entre a terra e o mar”, tendo destacado o empenho do fotógrafo “em recuperar profissões que se perdem ou nas quais não pensamos, produzindo um livro admirável sobre uma profissão admirável e muito saborosa”.

 Por seu turno, Manuel da Luz chamou ao livro “uma obra de arte, com um belo texto de introdução, onde aparece em toda a sua plenitude a Ria, riquíssima do ponto de vista ambiental e imagem de marca de Alvor”.

 João Mariano referiu que este projecto documental surgiu na linha de outros que tem feito, em particular na Costa Vicentina, “uma vez que estas actividades em vias de extinção devem perdurar e têm um grande potencial documental e estético, que o recurso ao preto-e-branco realça, captando assim a essência dos gestos e da acção”.

 As imagens que o fotógrafo registou serão levadas à cidade de Portimão entre 24 de Setembro e 31 de Outubro, numa exposição a apresentar na Casa Manuel Teixeira Gomes.

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