Municípios algarvios cada vez melhores para viver, fazer negócios e visitar

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Faro

Fique a saber em que lugar está o seu concelho e quais as áreas em que se destaca. Estudo que analisou o desempenho dos 308 municípios portugueses indica que os da região algarvia “estão a afirmar-se cada vez mais a nível nacional”. Faro, Albufeira e Portimão lideram. Apesar das subidas e descidas registadas, quase todos melhoraram em relação ao ano anterior, pelo menos, nalguma das três categorias analisadas

DOMINGOS VIEGAS

Os municípios de Faro, Albufeira e Portimão voltam a ocupar, este ano, e por esta ordem, os três primeiros lugares na tabela referente ao Algarve do Portugal City Brand, elaborado pela Bloom Consulting, já que são os que apresentam melhor desempenho no conjunto das três categorias analisadas (Viver, Negócios e Visitar).

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Este pódio mantém-se inalterado há cinco anos consecutivos na Região do Algarve, mas, agora, estes três municípios subiram a nível nacional. Faro passou do nono para o oitavo lugar, Albufeira subiu da 17.ª para a 16.ª posição e Portimão subiu dois lugares, passando do 19.º para o 17.º lugar. Estes são os três únicos municípios da região a integrar o top-25 nacional de um ranking que é liderado por Lisboa, seguido do Porto Cascais, Braga, Coimbra, Sintra e Funchal.

Esta tabela é elaborada na sequência de um estudo que analisa o impacto da marca de todos os 308 municípios do país nas áreas de Turismo (Visitar), Investimento e Exportações (Negócios) e Talento (Viver). A nível nacional, e além daqueles três municípios algarvios, destacam-se ainda Tavira (27.º), Loulé (32.º), Lagos (37.º), Vila Real de Santo António (63.º), Olhão (74.º), Silves (76.º) e Aljezur (81.º), todos com lugar no primeiro terço do ranking do País.

Albufeira

Negócios

Por categorias (ou dimensões), Faro e Albufeira são os únicos municípios do Algarve no top-25 de “Negócios”. Faro subiu um lugar e está agora na 10.ª posição, enquanto Albufeira desceu do 17.º para o 18.º lugar. Neste particular, a liderança pertence a Lisboa, seguida do Porto, Braga, Cascais e Coimbra. A maior subida neste top-25 foi a de Vila Nova de Gaia (mais dez posições) e as maiores descidas foram as de Leiria e Maia (menos seis e menos oito posições, respetivamente).

Este ranking “apresentou-se como o mais volátil nesta edição, o que mostra o empenho e o impacto das estratégias dos municípios portugueses na captação de novos negócios, fomentação de exportações e atração de investidores nos seus territórios”, lê-se no estudo.

Visitar

Em relação a “Visitar”, há quatro municípios algarvios no top-25 nacional: Albufeira (5.º, desceu um lugar), Portimão (6.º, mantém), Faro (11.º, mantém), Tavira (16.º, caiu sete lugares) e Lagos (22.º, mantém). Lisboa também lidera neste capítulo, seguida de Porto, Funchal e Cascais. Depois de Albufeira e Portimão surgem Nazaré, Coimbra, Braga e Évora. A maior descida acabou mesmo por ser a de Tavira e a maior subida foi para a Nazaré (mais seis posições).

Portimão

Viver

Faro subiu dois lugares na categoria “Viver” e está na 15.ª posição, mas o grande destaque vai para Portimão, que conseguiu a maior subida na parte alta da tabela (top-25) ao escalar seis lugares e colocando-se na 19.ª posição. “Portimão registou a maior subida desta categoria pelo segundo ano consecutivo e Faro recuperou as duas posições que tinha perdido no ano passado”, destaca o estudo. Lisboa, Porto e Cascais ocupam os três primeiros lugares, seguidos de Braga e Sintra. A maior descida neste top-25 foi a de Guimarães (menos cinco lugares), que caiu para o 17.º lugar.

Tavira (Foto: Pedro Barão)

Ranking regional: Tavira recebe distinção

A nível regional, depois de Faro, Albufeira e Portimão, surge Tavira. Este município recuperou o quatro lugar de há dois anos e ultrapassou Loulé que, de acordo com o estudo, “apesar da descida, continua firme no top-5”. Os responsáveis pelo estudo decidiram atribuir a Tavira a distinção Marca Estrela do Algarve, concedida “ao município que, através de excelentes resultados, consegue destacar-se na região”.
Lagos continua no sexto lugar e é um dos dois municípios (junto com Aljezur, no décimo lugar) que mantêm a sua posição em relação ao ano anterior.

Vila Real de Santo António

VRSA sobe pelo terceiro ano consecutivo

Vila Real de Santo António (VRSA) conseguiu melhorar o seu desempenho em todas as dimensões e subiu ao sétimo lugar a nível regional. Refira-se que o município de VRSA regista subidas consecutivas há três anos. Olhão escalou até à oitava posição. Estes dois municípios ultrapassaram Silves que caiu dois lugares e está agora na nona posição.

Vila do Bispo e Monchique foram os que mais subiram no Algarve (duas posições) e ocupam agora os 11.º e 12.º lugares, respetivamente, relegando Lagoa e Castro Marim para 13.º e 14.º. Estes dois últimos municípios não pioraram os seus desempenhos em relação aos dados do ano anterior, mas acabaram por sofrer a consequência do aumento de desempenho de Vila do Bispo e Monchique, principalmente, nas variáveis on-line.

Na parte mais baixa da tabela há ainda a registar o caso de Alcoutim, que apresentou uma subida considerável em duas dimensões, Negócios e Visitar, deixando a última posição, que passou agora a ser ocupada por São Brás de Alportel.

Como é realizado o estudo?

Para a elaboração deste estudo são analisados dados estatísticos, procuras on-line e ainda o desempenho da comunicação on-line de cada município. Por exemplo, ao nível dos dados económicos são analisadas as empresas, o crescimento empresarial, a percentagem de empresas, os incentivos, entre outros. Por seu turno, dormidas, crescimento de dormidas, taxa de ocupação hoteleira, património, eventos, atividades disponíveis e restaurantes são alguns dos parâmetros tidos em conta nos dados turísticos. Finalmente, são ainda analisados dados sociais, ou seja, população, taxa de crescimento da população, taxa de desemprego, poder de compra, estabelecimentos de saúde, estabelecimentos de ensino, segurança, transportes públicos, entre outros.

Porém, os responsáveis por este trabalho frisam que o estudo “não prende mostrar quais os melhores municípios para viver, para visitar e para fazer negócios”, já que o objetivo é “medir o desempenho e o impacto da marca de cada município com dados puramente quantitativos”. Neste sentido, dão como exemplo o caso da categoria Viver: “Este é um tema que varia consoante a perceção, ambição e prioridades de cada cidadão”. E sublinham que “isto também se aplica às outras duas dimensões”, ou seja, Visitar e Negócios.

“Melhores posições no ranking são, por norma, reveladoras de melhor estratégia de promoção e estruturação, de mais visibilidade, mais procura proativa, melhores plataformas on-line e redes sociais e melhores indicadores estatísticos nas várias categorias”, explicam.

A descida de um município no ranking “também não significa que houve um mau trabalho por parte da respetiva câmara municipal”, já que “para que um suba, outro tem que descer” e isto “pode significar uma estagnação ou uma subida mais modesta por parte de um município e não necessariamente uma baixa acentuada no desempenho do mesmo”, explicam os mesmos responsáveis.

(Reportagem publicada na edição impressa e semanal do Jornal do Algarve de 22/03/2018)

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