Namíbia diz que problemas do avião moçambicano começaram no Botswana

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As autoridades da Namíbia dizem que os problemas do voo TM 470 começaram quando o avião estava a sobrevoar o Botswana. “O avião levou apenas 12 minutos para cair e só tinha um (minuto) na Namíbia”, escreve o jornal moçambicano “O País”, citando declarações de Victor Likando, diretor de Controlo de Tráfego Aéreo da Namíbia, ao jornal “The Namibian”.

Victor Likando diz que o voo Maputo-Luanda “voando por esse caminho”, ou seja pela rota feita pelo Embraer 190 que caiu na última sexta-feira, leva apenas “três minutos para passar pela Namíbia” até entrar em Angola. “Por esta razão, a tripulação não tinha necessidade de contactar qualquer aeroporto namibiano”.

Troca de acusações entre Namíbia e Botswana

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Likando diz ainda que “Gaborone [capital do Botswana] deveria ter entrado em contacto com Angola para monitorização de frequência do avião, mas o acidente aconteceu” quando o aparelho só sobrevoava território namibiano há um minuto. “Os problemas do avião começaram no espaço aéreo de Botswana”, acrescenta Victor Likando, aidantando “que a perda do avião do radar não foi comunicada às autoridades da Namíbia. Botswana não nos disse nada acerca deste voo. O acidente aconteceu no espaço aéreo botswana, embora tenha caído na Namíbia”.

O jornal moçambicano “O País” afasta a hipótese do acidente, que causou a morte a 33 pessoas, entre as quais sete portugueses, ter sido causado pelo mau tempo. O “diretor de Acidentes de Aeronaves e Investigação, Erickson Nengola, afasta a hipótese de que o despenhamento do avião das Linhas Aéreas de Moçambique em território namibiano tenha sido causado por mau tempo, caraterizado por chuvas fortes e trovoadas”.

“Citado pela Televisão Namibian Broadcasting Corporation, Nengola explica que, no momento do acidente fatal, as condições climáticas estavam boas e só mudaram ao longo da tarde. Durante o período em que o acidente ocorreu, a temperatura era boa. Contudo, às 14h, começou a chover e estava escuro. E, por isso, a equipa de investigadores fez uma pausa e retomou os trabalhos” no sábado de manhã.

Manuela Goucha Soares (Rede Expresso)

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