Negócio da zona ribeirinha: Luís Gomes aplaude decisão do Governo

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A concessão a privados “permitirá finalmente a requalificação de uma zona que se encontrava degradada há dezenas de anos”, considera o autarca. Negócio poderá ser confirmado já esta semana, caso não surjam outras propostas

DOMINGOS VIEGAS

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O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, o social-democrata Luís Gomes, considera que a decisão do Governo em concessionar uma área da zona ribeirinha da cidade “é de extraordinária importância para Vila Real de Santo António, para o Algarve e para o país”, já que “permitirá finalmente a requalificação de uma zona que se encontrava degradada há dezenas de anos”.

Em declarações ao Jornal do Algarve, o autarca sublinha que o anúncio corresponde, de igual forma, ao “sucesso do exemplar trabalho de parceria” que a Câmara tem vindo a realizar com a Docapesca e com o Ministério do Mar no sentido de dar novos usos à frente ribeirinha da cidade.

“Pela primeira vez, passamos das palavras aos atos, já que nenhum outro executivo camarário conseguiu, até ao momento, operacionalizar um projeto concreto de requalificação de uma das áreas mais nobres da cidade”, acrescenta.

Para Luís Gomes, a intenção de a Docapesca concessionar esta área a um grupo britânico “prova a atratividade económica do município de VRSA e mostra que as condições endógenas do município são um dos seus principais atrativos, a que soma o facto de o estuário do Guadiana constituir uma porta de entrada para o Atlântico e para o Mediterrâneo”.

Luís Gomes considera ainda que, com este anúncio, “coloca-se finalmente em prática as metas estabelecidas para a Área de Requalificação Urbana da frente ribeirinha de VRSA” que, além de contemplar um conjunto de infraestruturas turísticas e de serviços, prevê também a instalação de um ‘cluster’ ligado à economia do mar.

“Depois de termos criado a primeira ARU do país no Centro Histórico de VRSA, cujo êxito da medida permitiu a revitalização urbana e comercial da zona pombalina, vamos agora iniciar uma das maiores operações de requalificação urbana da cidade, permitindo atrair investimento, gerar emprego e desenvolver o setor marítimo-turístico”, garante o autarca, assegurando ainda que o projeto “irá colocar VRSA no centro das boas práticas urbanísticas”.

Segundo o edil, esta concessão poderá representar “investimentos na ordem dos 200 milhões de euros” e “a criação de muitos postos de trabalho, pagos acima da média, trazendo dinamismo para o município e para a região e atenuando os efeitos da sazonalidade”.

O Governo anunciou recentemente a concessão de uma parcela com 60.900 metros quadrados da zona ribeirinha de Vila Real de Santo António, localizada a norte da cidade, mas o negócio só será realizado com o grupo britânico Mount Pleasant Investments Limited se não surgirem outras propostas no prazo de 30 dias, o qual começou a contar a 02 de dezembro.

Grupo empresarial britânico compromete-se a construir um novo terminal rodoviário e a requalificar toda a zona ribeirinha norte, incluíndo a área de terra do terminal transfronteiriço de ‘ferryboats’. Estas são algumas das contrapartidas, às quais se juntam as financeiras, do Mount Pleasant Investments Limited, que pretende erguer um complexo turístico e uma clínica na margem do Guadiana.

(notícia publicada na edição impressa do Jornal do Algarve de 15/12/2016)

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