O exército nigeriano garantiu esta segunda-feira ter conhecimento do paradeiro das 223 estudantes sequestradas há sete semanas pelo grupo extremista islâmico Boko Haram, mas recusa o uso de força para libertá-las.
“As boas notícias para os pais das raparigas é que nós sabemos onde elas estão, mas não podemos revelar “, disse o chefe do Estado Maior da Força Aérea da Nigéria, Alex Badeh, citado pela Reuters.
Segundo o responsável, as autoridades nigerianas descobriram a localização das estudantes há mais de 30 dias, mas descartam o uso de força para não colocarem em risco as vidas das raparigas.
“Nós sabemos o que estamos a fazer. Não recorremos ao uso de força, pois os terroristas podem matar as nossas raparigas”, acrescentou.
No dia 14 de abril, 276 estudantes nigerianas foram sequestradas numa escola de Chikob, no noroeste do país, sendo que 223 raparigas continuam desaparecidas.
Desde o rapto das estudantes, pelo menos 470 civis morreram vítimas de ataques perpetrados pelo grupo radical islâmico. O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, já condenou os atos terroristas, sublinhando que o grupo Boko Haram é a “Al-Qaeda na África Ocidental”.
Entretanto, a Nigéria aceitou a ajuda internacional: EUA, Grã-Bretanha, França e China estão entre os países que disponibilizaram equipas de peritos e equipamentos para localizarem as raparigas. Na semana passada, Barack Obama anunciou o envio de 80 soldados norte-americanos para o Chade, país vizinho da Nigéria, para ajudarem a libertar as reféns
Recorde-se que o chefe do Boko Haram, Abubakar Shekau, admitiu entregar as estudantes, sob a condição dos prisioneiros do grupo terrorista serem também libertados.
RE