Novo Banco castiga o défice, Passos desvaloriza: “O dinheiro está a render”

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O primeiro-ministro desvalorizou esta quarta-feira a revisão em alta do défice de 4,5% para 7,2% do PIB de 2014 por parte do Instituto Nacional de Estatística (INE), devido à injeção de 4,9 mil milhões de euros no Novo Banco.

“Como não nacionalizámos o BES apenas emprestámos dinheiro ao fundo de resolução, quanto mais tarde esse dinheiro que nós emprestámos regressar aos cofres do Tesouro, mais dinheiro em juros o país consegue. Quanto mais tempo demorar, mais lucros ganhamos. O dinheiro está a render. Ou seja, não estamos a perder nenhuma oportunidade”, disse Passos Coelho aos jornalistas, esta manhã.

De acordo com o chefe do Governo, a revisão em alta do défice “não nenhum efeito na vida das pessoas”, não obrigando à tomada de medidas adicionais.

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Passos Coelho sustentou ainda que o défice português ficou enquadrado no âmbito das metas acordadas com a União Europeia, sendo que o rácio de dívida tem vindo a diminuir nos últimos três trimestres.

“O INE comunicou também a sua perspetiva quanto ao défice deste ano e está de acordo com os números do Programa de Estabilidade e Crescimento e dentro do défice que tínhamos prometido”, sublinhou.

Garantindo que a meta de 2,7% de défice é “muito importante” para o Governo, Passos Coelho disse que a evolução da despesa tem tido uma evolução consistente ao longo do ano.

“Estamos convencidos de que ficaremos abaixo dos 3% dessa meta. É claramente a nossa convicção e isso são boas notícias.
Esta comunicação do INE reforça que essa meta está ao nosso alcance”.

Questionado sobre a crise de refugiados, o primeiro-ministro disse esperar que no Conselho Europeu desta tarde se possa alcançar uma “resposta consistente” para a tragédia humanitária. “Sobretudo no que toca à primeira questão – as pessoas que fogem da guerra – a Europa não pode demorar”.

Sobre os 4593 refugiados que Portugal vai receber, Passos adiantou que as autoridades competentes já estão a trabalhar nesse âmbito, salientando porém que não se trata de um processo imediato. “Estamos a trabalhar no que toca ao acolhimento das pessoas. É preciso fazer o recenseamento. Não é possível recebê-las e acolhê-las bem sem as conhecermos ”.

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