O governador do Banco de Portugal (BdP) quer concluir as negociações para vender o Novo Banco até o final do mês de agosto, indica um comunicado do BdP sobre o início da quarta fase do processo de alienação do Novo Banco S.A..
O comunicado, não é, no entanto, absolutamente taxativo neste timing, afirmando apenas que “foi dado início à fase IV do procedimento relativo à alienação do Novo Banco” e “está previsto que essas negociações decorram até ao final do presente mês de agosto”.
Sem referir o grupo segurador chinês Anbang diretamente, o documento limita-se a referir que as negociações decorrem “com o potencial comprador selecionado pelo Banco de Portugal”, acrescentando que “as propostas vinculativas entregues pelos dois outros potenciais compradores permanecem integralmente válidas”.
É uma formulação que deixa claro a quem segue este processo que o interlocutor do Banco de Portugal neste caso é a Anbang, uma vez que apresentou a melhor proposta, com preço acima dos outros concorrentes: o grupo norte-americano Apollo Global Management e o conglomerado chinês Fosun.
No final da fase IV, que agora começa, o Banco de Portugal deverá tomar uma decisão sobre o processo de alienação do Novo Banco. Mas caso as negociações não cheguem a bom termo, o governador Carlos Costa poderá ter de avançar para um plano alternativo.
Para cumprir o plano A e a fase IV, Carlos Costa e a sua equipa tem vários desafios pela frente, desde logo porque o próprio BdP e o Fundo de Resolução pediram, entretanto, ao Tribunal Administrativo de Lisboa, que julga a providência cautelar interposta pelos lesados do papel comercial do BES, mais tempo para que estes possam montar a sua defesa, considerando o prazo inicial de 10 dias era “notoriamente insuficiente”.
Com esta providência, os lesados do BES querem obrigar o comprador do Novo Banco a ter uma provisão para o pagamento dos 530 milhões de euros de papel comercial vendido a 2500 clientes do banco.
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