O chefe dos serviços de inteligência, Khalid ben Bandar, e o secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional e conselheiro do rei há 22 anos, Bandar ben Sultan, foram os dois primeiros governantes a cair pela mão do novo monarca da Arábia Saudita, Salman bin Abulaziz Al Saud.
Mas as remodelações governamentais não se ficaram por aí. Dois filhos do mítico rei Abdullah bin Abdulaziz, falecido há uma semana, também foram afastados dos cargos que ocupavam pelo tio: o príncipe Mishaal, governador da região de Meca, e o príncipe Turki, que governava a capital do país, Riade.
Às demissões sucederam-se 31 nomeações para a equipa governativa, na qual permanecem em funções o ministro do Petróleo, o ministro dos Negócios Estrangeiros e o ministro das Finanças. Entre outros, a Arábia Saudita tem agora novos ministros da Educação, da Agricultura, da Comunicação.
Salman, de 79 anos, irmão mais novo de Abdullah, nomeou ainda o seu filho Mohammed bin Salman como ministro da Defesa. O rei saudita fez questão de designar desde já o futuro príncipe herdeiro, ou seja, o segundo na ordem de sucessão. É o ministro do Interior, Mohammed ben Nayef.
Estas reformas são tidas como um indicador claro da vontade do rei em fazer uma reforma social no país. O facto de Salman ter também substituído vários altos dirigentes religiosos, afastando nomeadamente dois cléricos liberais, bem como o ministro da Justiça e da Polícia Religiosa, concorre fortemente para a consciência de uma nova política.
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