Novo suspeito no caso da filha da advogada espanhola assassinada

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Os investigadores do caso de Asunta Basterra, a criança de 12 anos, que foi encontrada morta há quase três semanas, próximo de Santiago de Compostela, estão analisar o envolvimento de uma terceira no crime.

Segundo “La Voz de Galicia”, o laboratório da Guarda Civil está a efetuar análises às amostras biológicas encontrados na blusa de Asunta Basterra, sendo que à partida não terão vestígios de sémen, de acordo com os exames iniciais, mas poderão conter, por exemplo, restos de saliva.

Também foi solicitado um teste de ADN a um empresário amigo de Rosário Porto, a mãe da criança. Desconhece-se, contudo, se o exame foi pedido pelas autoridades ou se foi o próprio que se ofereceu para fazê-lo, como adiantam algumas fontes próximas. O objetivo seria descartar qualquer suspeita, uma vez o homem teria estado recentemente com a mãe da criança.

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De acordo com o jornal, todas as pessoas que estiveram na véspera nas casas dos pais, em Santiago de Compostela, e na casa de campo, em Teo, também tiveram que disponibilizar uma amostra para exame.Mas nenhuma destas análises deu resultado suspeito.

Os vizinhos garantem que os pais, apesar de separados, tentavam projetar a imagem de uma família feliz, contudo, revelaram-se surpreendidos com comentários recentes do pai, com conotação negativa.

“Vou buscar a asiática. Estou à espera da asiática” são algumas das frases que Alfonso Basterra terá dito, a partir de julho.

FAPE critica”sensacionalismo”

A Federação de Associações de Jornalistas de Espanha (FAPE) condenou hoje os meios de comunicação social de estarem a enveredar pelo “sensacionalismo” na cobertura do caso de Asunta Basterra.

“Grande parte dos meios de comunicação seguem o sensacionalismo, as conjeturas e os rumores sob baixos critérios profissionais”, refere o organismo, lembrando que “as investigações ainda não determinaram qualquer conclusão sobre a morte de Asunta até ao momento” pelo que é errado fazer especulações.

A FAPE diz ainda apoiar a decisão da Associação de Jornalistas de Santiago de Compostela (APSC) de levar o caso à Comissão de Arbitragem, Queixas e Deontologia para que emitam um parecer a esse respeito.

E apela aos “meios de comunicação e jornalistas à recuperação da qualidade informativa baseada nos critérios essenciais e éticos do jornalismo como a veracidade, o contraditório pelas diversas fontes e o respeito dos limites ao direito à privacidade, a própria imagem e a presunção da inocência.”

Os pais, a advogada Rosario Porto e o jornalista Alfonso Basterra são os principais suspeitos do assassinado de Asunta, estando ambos detidos.

Liliana Coelho (Rede Expresso)

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