Ao sexto dia de greve na TAP, o ministro da Economia faz contas aos prejuízos. A empresa “perdeu 17 milhões de euros” e o balanço contabiliza apenas cinco dias de paralisação já que os números desta quarta-feira ainda não estão fechados.
“A estimativa para os dez dias é que possa atingir os 35 milhões de euros”, disse Pires de Lima em conferência de imprensa ao início da noite.
O ministro referiu que “70% dos voos programados pela direção de operações da TAP foram realizados” e “80 % das pessoas que confiaram na TAP chegaram ao seu destino”. Para Pires de Lima este é um sinal “importante”. A “larga maioria” dos pilotos demarcou-se da posição do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e “põe a empresa em primeiro lugar”. “Não se deixaram confundir com o caminho radical da direção do sindicato”, sublinhou o ministro.
Pires de Lima relembra o acordo assinado com nove sindicatos, no dia 23 de dezembro, e “que consagrou, em cadernos de encargos, reivindicações legítimas que os trabalhadores nos fizeram chegar”. Por exemplo, a proibição dos despedimentos nos primeiros 30 meses após a privatização da companhia e o respeito dos Acordos de Empresa para diferentes funções.
O que se espera agora é que o SPAC “volte a respeitar a palavra e a assinatura do acordo que livremente estabeleceu”. Esta greve “afeta a reputação de uma companhia que faz da segurança e da previsibilidade o maior ativo junto dos clientes”, frisa o ministro. E sobre as notícias de que o sindicato estará a ponderar novos períodos de greve, Pires de Lima considera esta hipótese como “uma ameaça verdadeiramente irresponsável que não pode pairar”.
A mensagem do Governo volta a ser a mesma: “Queremos renovar o apelo para que os pilotos continuem a trabalhar”.
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