O Algarve nunca conheceu uma pessoa assim…!

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O presidente-escritor, natural de Portimão, vai ser novamente recordado na cidade que o viu nascer há 150 anos. A jornada “Manuel Teixeira Gomes, Portimão e a República” vai reunir diversos investigadores que vão “abrir o livro” sobre a ação política e cultural do sétimo presidente da República, cujas memórias o tempo e a ditadura silenciaram. Mesmo assim, para muitos, Manuel Teixeira Gomes continua a ser uma das principais figuras da história da região.

O Museu de Portimão vai ser o palco, no próximo dia 10, da jornada “Manuel Teixeira Gomes, Portimão e a República”, uma iniciativa da autarquia local.

O evento está inserido nas comemorações do 150º aniversário do nascimento do portimonense, que ficou conhecido por ocupar o cargo de presidente da República (1923-1925), mas também por ser um grande viajante e um homem com um invulgar dom para a escrita.

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No entanto, a ação política, diplomática e cultural de Teixeira Gomes, nascido em 1860, em Portimão, não é muito conhecida pelos portugueses. Os anos que passaram e a ditadura que se instalou durante mais de quarenta anos em Portugal trataram de silenciar a sua vida e obra. E é por essa razão que a Câmara de Portimão vai promover esta jornada, no dia 10, dedicada a um dos grandes “heróis” (quase esquecidos) da região.

“Este importante encontro científico destina-se a aprofundar o conhecimento sobre as diversas vertentes da vida de Manuel Teixeira Gomes”, adianta a autarquia, frisando que a jornada pretende igualmente “promover o conhecimento de um período crucial da história de Portugal e das profundas transformações económicas, sociais, políticas e culturais que o país sofreu com a implantação da República”, que este ano celebra também o seu centésimo aniversário.

Ainda segundo a autarquia portimonense, a jornada, que vai reunir no Museu de Portimão um conjunto de investigadores de renome (Fernando Rosas, Maria João Raminhos Duarte, Duarte Ivo Cruz, Isabel Nobre Vargues, Fernanda Rollo, António Ventura, Mostaka Zekri, António Valdemar), vai ter dois pontos altos: o colóquio “Manuel Teixeira Gomes, Luz e Sombra no Horizonte Incerto” e a apresentação do livro “Portimão e a Revolução Republicana”, ambos coordenados por José Tengarrinha.

(Texto publicado na íntegra na edição em papel do Jornal do Algarve – 2 de dezembro)

NC/JA

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