O fenómeno da desertificação, que já afeta dois terços do território da região algarvia, vai estar em debate no próximo dia 6 de janeiro, no evento “Pensar o Interior”, em Olhão. O Algarve é uma das regiões da Europa onde a desertificação tem especial relevância e, se nada for feito nos próximos anos, a maioria do território pode mesmo ficar deserto e seco. Por isso, os especialistas defendem uma intervenção urgente para combater a degradação do solo, o abandono das terras e a ausência de população
O Algarve vai tornar-se num deserto? A questão é mais complexa do que isso, mas uma coisa é certa: há modelos climáticos que apontam para uma previsão de clima desértico em municípios como Alcoutim dentro de alguns anos. E, se nada for feito, a desertificação de grande parte do Algarve tornar-se-á numa realidade cada vez mais inexorável.
O problema não é a região algarvia transformar-se num deserto africano, mas as perspetivas não deixam de ser preocupantes, já que o Algarve é apontado como uma das regiões potencialmente mais afetadas no contexto da União Europeia pelo agravamento do clima.
No próximo sábado, dia 6 de janeiro, a partir das 16h30, esta problemática vai ser debatida durante o evento “Pensar o Interior”, que terá lugar na sede do Departamento da Conservação da Natureza e Florestas do Algarve, no Centro de Educação Ambiental de Marim, em Olhão.
Esta iniciativa – que contará com três momentos, uma exposição, uma mesa-redonda e um livro – será focada na desertificação, no despovoamento e no abandono rural do interior algarvio.
A abertura da exposição da fotógrafa Telma Veríssimo, “Viagem Interior”, bem como o lançamento do seu livro, com o mesmo nome, é o mote para “refletir sobre os problemas de desertificação que afetam dois terços da região algarvia, com um painel de especialistas e entidades com responsabilidades na gestão do território”, adiantam os promotores desta ação, que é organizada pela Comissão Regional do Algarve de Combate à Desertificação e pela associação cultural Bons Ofícios, e visa “sensibilizar para os riscos da desertificação na região algarvia”…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 5 DE JANEIRO)
Nuno Couto|Jornal do Algarve