O mundo vai gastar mais de 80 mil milhões de euros para fechar 200 reatores nucleares

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O encerramento e retirada do sistema elétrico mundial de 200 dos atuais 434 reators nucleares em funcionamento vai custar aos consumidores qualquer coisa como 80,4 mil milhões de euros.

As contas foram hoje divulgadas em Londres pela Agência Internacional da Energia (AIE), no seu relatório anual sobre o sector, e revelam ainda que a maioria dos reatores a ‘desligar’ se situam na Europa, Estados Unidos da América, Rússia e Japão.

A decisão de retirar dos respectivos sistemas eletroprodutores algumas centrais nucleares foi tomada (e acelarada) por alguns países, depois do acidente de Fukushima, no Japão, em 11 de março de 2011.

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Recorde-se que cerca de 300 mil pessoas foram então evacuadas da área afetada, 15.884 (dados de fevereiro de 2014) morreram devido ao terremoto e tsunami que se seguiu e, aproximadamente 1.600 pessoas, acabaram por morrer em circunstâncias relacionadas com ascondições de evacuação.

O Japão iniciou de imediato uma política de encerramento das suas centrais nucleares, ao que se seguiu a Alemanha e, mais tarde, outros países um pouco por todo o mundo.

Há 25 centrais na Europa com mais de 35 anos

Em março deste ano a organização ambientalista Greenpeace, conclui que dos 25 reatores nucleares mais antigos da Europa já têm mais de 35 anos e que, a agravar o cenário, sete desses reatores já ultrapassaram tecnicamente o período de funcionamento para o qual foram concebidos.

Entre esses sete mais críticos, inclui-se o de Santa Maria de Garoña, na zona de Burgos, em Espanha, que é o mais próximo de Portugal no grupo de risco identificado pela Greenpeace. Foi construído em 1966 e entrou em funcionamento em março de 1971.

Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, mais de dois terços das centrais nucleares mais antigas receberam licenças para prolongar a sua atividade até 60 anos ou mais. Em resultado de tudo isto, “estamos a entrar numa nova era de risco nuclear”, sublinhava então a Greenpeace.

Esta organização refere que a idade média das centrais nucleares na Europa ronda os 29 anos, mas um número crescente de reatores estão a atingir o período de vida útil para o qual foram construídos, e que ronda os 30 ou 40 anos.

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