O ditado popular que afirma, “se queres ser bom morre ou ausenta-te,“ não tem aqui validade, pois o Fernando Reis não necessitava ter desaparecido fisicamente para ser considerado um Homem (com H maiúsculo), quer sob o prisma profissional, quer sob a índole humana.
Conheci-o desde pequenito, pois nascemos na mesma rua, aqui na Vila, ele mais a norte, eu mais a sul. Embora com diferença de idades (c. de 10 anos) tirámos o mesmo curso e fizemos da docência grande parte das nossas vidas. Trabalhámos em conjunto com outros Colegas (e não só) na Revista “Património e Cultura,” órgão literário da ADIPACNA, associação que pugnava pela Defesa do Património, recordando que em casas diferentes fazíamos então de Sede, no início dos anos 80.
A dada altura tomou o Fernando as rédeas do Jornal do Algarve, dinamizando-o com a sua versatilidade e competência. Desportista impoluto, defendeu as cores do Clube mais representativo da sua terra – o Lusitano Futebol Clube, assim como os “Caseiros,” Clube familiar onde proliferava a amizade e a fraternidade.
Apagou-se, em termos físicos, na passada semana… Onde quer que estejas, Amigo e Colega Fernando Reis, agora que te separaste do convívio dos vivos, recordar-te-emos sempre… Só morre quem é esquecido e tu nunca o serás´.
Hugo Cavaco