Casa Branca promete apoiar projeto de lei para proibição de armas de assalto como a Bushmaster AR-15 usada por Lanza no massacre em Newtown.
Numa altura em que Newtown está a enterrar as vítimas da tragédia que se abateu sobre a escola primária Sandy Hook, Barack Obama endureceu o seu compromisso para introduzir medidas “mais duras” no controlo das armas, num país que se acostumou aos ataques em massa.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou hoje que o Presidente dos EUA vai apoiar a proposta de lei que a senadora Dianna Feinstein (Califórnia) pretende apresentar em janeiro para a proibição de armas de assalto e que inclui a do tipo Bushmaster AR-15 usada por Lanza no massacre em Newtown.
O objetivo da senadora é reinstaurar a lei introduzida em 1994 com Bill Clinton, e cuja elaboração foi responsável, mas que expirou em 2004 durante a administração Bush. O documento interditava a produção e venda de armas de assalto.
Segundo o “Washington Post”, que cita um alto quadro sob anonimato, Obama pediu ontem aos membros do seu gabinete para formularem um conjunto de propostas para reduzir a violência armada.
Jay Carney tinha frisado ontem em conferência de imprensa que o “controlo de armas é uma parte, mas não a resposta completa à violência nos EUA”.
Quatro dias depois de Adam Lanza, de 20 anos, disparar contra 20 crianças e seis adultos – no total morreram 28 pessoas, incluindo o atirador e a sua mãe -, a maioria das escolas de Newtown reabriram hoje, numa tentativa de regresso à normalidade.
O regresso de estudantes e professores fica marcado pelo acompanhamento da polícia e psicólogos, depois de um fim-de-semana de luto. A escola Sandy Hook, cenário de crime, permanece encerrada e não voltará a abrir portas. As autoridades decidiram que os seus alunos vão retomar as aulas mais tarde e noutro estabelecimento de ensino.