Permitam-me como médico já do SNS reformado que vos exprima o meu agradecimento. Mas, meus caros, quereria ir um pouco mais longe. Vocês sentiram a última gota de água tal como nós médicos embora para nós fosse mais difícil via Juramento de Hipócrates.
O problema está nas carreiras. O neoliberalismo percebeu há muito que era necessário para o seu percurso até ao infinito inverter a hierarquia social e desvalorizar tudo o que é público e não privado e nesta linha abrir campo para o que tenha a ver que o capital venha a ocupar lugares de privilégio e controlo das sociedades. E assim, passo a passo, chegamos a este ponto. Os chamados “ceo’s” não surgiram por acaso!
Não por acaso, também, Portugal é um elo fraco desta cadeia por razões óbvias dada a sua pobreza que já chegou à chamada classe média.
É por isso que temos que entender esta luta como algo de exemplar e não só em Portugal. É algo que ficará como um marco contra a inevitável luta contra um capitalismo em fim de ciclo.
Apenas um último pedido:
Caríssimos, não deixem que forças oportunistas organizadas se aproveitem da vossa/nossa luta.