Observatório Nacional de Envelhecimento vai ajudar idosos “a chegar mais novos a velhos”

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O espaço foi inaugurado esta segunda-feira, 21, em Alte, e contou com a presença da Ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que considerou o momento “um dia histórico para Portugal” e do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Sales, que afirma que o ONE “está no sítio certo” e que o trabalho desenvolvido em Alte será “uma forma de celebrar o envelhecimento”. António Sales referiu ainda que o ONE quer ajudar os idosos “a chegar mais novos a velhos”, prolongando a qualidade de vida das faixas mais vulneráveis.

Lacerda Sales justificou o simbolismo da escolha de Alte para acolher um projeto desta dimensão já que se trata “de uma zona desertificada do interior e um dos tesouros do Algarve, desconhecido por muitos” pelo que este Observatório poderá trazer “uma nova vitalidade a este território”.

Sales aproveitou ainda para desmistificar a ideia de envelhecimento que considera ser “não uma fatalidade, mas uma grande conquista da sociedade moderna”. A aposta na autonomia e independência dos idosos, mas também os novos estilos e hábitos de vida, alimentação mais saudável, promoção da saúde e prevenção da doença ou da atividade física, o investimento contra o tabagismo ou o consumo excessivo de álcool, são algumas das áreas que António Lacerda Sales defende como “políticas de longevidade”.

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Para levar por diante ações como este Observatório, Ana Mendes Godinho salientou a importância do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) “muito vocacionado para investimento e requalificação das respostas sociais dedicadas ao envelhecimento”.

Nuno Marques, presidente do Algarve Biomedical Center (ABC) e porta-voz do projeto, vê no ONE uma forma de “unir a sociedade em prol do envelhecimento ativo”.

Nuno Marques adiantou que as três instituições têm estado a “definir um plano de ação” para que, “ainda este ano, sejam libertados alguns relatórios de dados e sejam indicadas desde já algumas medidas para serem implementadas”.

Nuno Marques frisou que estão em causa “dados sensíveis que têm de ter toda a proteção e têm de ficar alojados de forma completamente segura”, especificando que em Alte, “vão estar a trabalhar oito pessoas de forma diferenciada”.

O ONE é coordenado pelo ABC, pela NOVA Medical School da Universidade Nova de Lisboa e pela Universidade do Porto e pretende dinamizar a colaboração entre instituições públicas, privadas e sociedade civil para o estudo do envelhecimento.

O município de Loulé é um dos parceiros deste Observatório que faz parte da “construção de um ecossistema para um envelhecimento ativo e saudável”. O responsável municipal, Vítor Aleixo, destacou ainda um outro projeto intimamente ligada a este Observatório, a cobertura digital do interior do concelho de Loulé que, num interior envelhecido, permitirá também cuidar dos idosos que vivem numa situação de isolamento.

Com um investimento de cerca de um milhão de euros, o ONE tem como objetivo promover a investigação e conhecimento que permitam avaliar e desenvolver o envelhecimento ativo e saudável, adequando as prioridades e o tipo de respostas nas áreas da saúde, da ação social, da educação e da formação ao longo da vida, do trabalho e da participação cultural e cívica em função do território, das necessidades e das dinâmicas da população.

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