Dois atiradores atacaram esta quarta-feira o Museu do Bardo, edifício situado junto ao do Parlamento da Tunísia, em Túnis, matando pelo menos oito pessoas. Entre as vítimas encontram-se sete turistas e um cidadão tunisino, avança a AP. Há também registo de feridos: dois cidadãos italianos e três polacos, segundo confirmações oficiais dos países.
Os atacantes fizeram ainda um número indeterminado de reféns no museu tendo já libertado alguns, segundo a rádio local Mosaique. Entretanto, as autoridades montaram um perímetro de segurança, confirmou o Ministério do Interior.
“Há oito vítimas, incluindo sete cidadãos estrangeiros. As forças de segurança estão mobilizadas no local. Há dois atacantes e mantêm-se reféns”, declarou Mohamed Ali Aroui, porta-voz do Ministério do Interior, citado pela AlJazeera.
Poderá haver turistas portugueses no interior do Museu, mas não existe ainda confirmação oficial. O Expresso tentou contactar o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, mas sem sucesso.
As reuniões das comissões parlamentares foram suspensas e o edifício foi evacuado. O ataque ocorreu no momento em que na assembleia se discutia a aprovação de medidas antiterroristas.
Recorde-se que as forças da Tunísia estão a combater os militantes do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh), na sequência da revolta da primavera árabe em 2011 que levou à queda do ditador Zine El-Abidine Ben Ali.
Por outro lado, várias centenas de jovens deixaram a Tunísia para se juntarem aos combatentes do Daesh em países como o Iraque, Síria e Líbia, o que aumentou a preocupação relativamente a ataques terroristas aquando do seu regresso ao país, levando o Governo a adotar legislação antiterrorista.
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