Olhão decide atribuir Medalha de Honra do Município a António Rosa Mendes

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António Rosa Mendes (dir.) com o edil Francisco Leal durante a apresentação das Actas do Congresso Histórico “Olhão, o Algarve & Portugal no Tempo das Invasões Francesas”, em janeiro de 2012

A Assembleia Municipal de Olhão acaba de aprovar, por unanimidade e aclamação, na sua última reunião, a proposta da Câmara Municipal para atribuição da Medalha de Honra do Município, a título póstumo, ao historiador António Rosa Mendes.

O historiador e professor universitário, recentemente falecido, foi “um importante defensor e divulgador da cultura e história olhanenses”, explica a autarquia olhanense, acrescentando que a data da cerimónia de atribuição da medalha “será divulgada oportunamente, devendo contar com a presença da família mais próxima do Professor que será homenageado no Salão Nobre dos Paços do Concelho”.

António Rosa Mendes, um acérrimo defensor do “seu” Algarve e com participação regular em muitos eventos realizados em Olhão onde se abordaram a cultura e as gentes locais, foi o coordenador do programa de atividades promovido a propósito dos 200 anos (1808-2008) da elevação de Olhão a Vila da Restauração.

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Dentro desta iniciativa, repleta de atividades durante todo o ano, merece especial destaque o congresso histórico “Olhão, o Algarve e Portugal, no Tempo das Invasões Francesas”, do qual António Rosa Mendes foi o responsável científico. As atas do congresso foram publicadas no ano passado, contando com a presença do historiador, que fez a apresentação da obra.

Ainda no âmbito dos 200 Anos da Restauração, o historiador foi consultor da exposição “Olhão – 200 Anos da Restauração”, que esteve patente no Museu da Cidade durante todo o ano das comemorações.

“António Rosa Mendes era a pessoa que mais sabia sobre a história de Olhão, colaborando com o município inúmeras vezes para apresentar e esclarecer os olhanenses e demais público sobre a história heróica do seu povo”, sublinha a edilidade.

A autarquia dá como exemplos a “Edição Revista e Atualizada do Manuscrito de João da Rosa”, por António Rosa Mendes, Helena Vinagre e Veralisa Brandão e anotações de António Rosa Mendes (edição da Câmara Municipal de Olhão) e a “Edição Fac-Similada do Alvará de 15 de Novembro de 1808”, que instituiu o Lugar de Olhão em Vila de Olhão da Restauração (edição da Câmara Municipal de Olhão, produção do Museu e do Arquivo Histórico de Olhão e nota explicativa de António Rosa Mendes).

“Olhão Fez-se a Si Próprio”, obra da autoria de António Rosa Mendes, é a mais recente e completa obra publicada sobre a história de Olhão, numa edição da Gente Singular Editora. A publicação carateriza-se por uma linguagem simples e acessível a todos, pretensão do autor desde que começou a redigi-la. Curioso e demonstrativo do amor que nutria por Olhão é o facto de ter dedicado o livro à cidade, que apelidou de sua “madrinha… Olhão madrinha do povo, madrasta é que não”.

António Rosa Mendes participou ainda na publicação “Olhão nos Primeiros Dias da República”, edição da Câmara Municipal de Olhão e produção/conceção do Arquivo Histórico Municipal de Olhão, com textos de António Rosa Mendes e Helena Vinagre.

Homem íntegro, humilde, desprendido, amigo, culto e com um sentido cívico sempre presente e muito apurado, tinha um sentido de humor que o caraterizava de forma ímpar.

“Era uma pessoa excepcional, como não há muitas. Deixa muita pena…como amigo (verdadeiro) e como homem de cultura, com o qual aprendíamos sempre, sempre qualquer coisa”, diz um dos amigos e admirador de António Rosa Mendes.

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