O presidente da Câmara de Olhão, António Pina, fixou como meta “uma redução substancial, ou mesmo total” das descargas ilegais na Ria Formosa nos próximos quatro anos. O objetivo foi traçado, na semana passada, durante o discurso do Dia da Cidade de Olhão.
O autarca sublinhou na sessão solene o trabalho desenvolvido neste mandato em prol da eliminação dos focos de poluição residual na Ria Formosa, frisando que “ao longo dos últimos quatro anos, a redução efetiva das descargas ilegais sofreu uma redução efetiva de 40%”.
António Pina foi mais longe e traçou como meta para o próximo mandato “alcançar uma redução ainda mais substancial, ou mesmo total, dessas descargas”, que são provenientes, na sua maioria, da zona histórica da cidade de Olhão.
Tal como o JA noticiou no passado mês de maio, a ETAR Faro-Olhão vai estar concluída no verão de 2018, após um investimento de cerca de 14 milhões de euros.
A nova infraestrutura – reclamada há vários anos pelas populações e autarcas locais – permitirá concentrar numa única infraestrutura o tratamento de efluentes produzidos em seis freguesias dos concelhos de Faro, Olhão e São Brás de Alportel. Ao mesmo tempo, quando entrar em funcionamento, a nova estação de tratamento permitirá desativar as atuais ETAR de Faro Nascente e de Olhão Poente, que se encontram subdimensionadas face às condições de afluência e aos níveis de qualidade exigidos para o efluente tratado a descarregar na Ria Formosa.
A verdade é que, 30 anos depois da criação do parque natural, em 1987, as descargas de esgotos e outros focos de poluição ainda não pararam na Ria Formosa…
NC|JA