A ONU vai enviar um representante para o Burkina Faso. O país está em estado de emergência, declarou o Presidente Blaise Compaore, depois de 1500 manifestantes terem irrompido esta quinta-feira pelo Parlamento.
A ira contra a proposta de alteração constitucional para prolongar o mandato do chefe de Estado por mais cinco anos, e que iria ser hoje votada, resultou num cenário de saque e destruição, com a multidão a atear fogo dentro do edifício, depois do rasto de violência já deixado nas ruas, com carros e a sede do partido do Governo incendiadas. Contabilizam-se cinco mortes nos protestos, noticia a “BBC”.
No poder desde 1987, Blaise Compaore vê-se a braços com um protesto sem precedentes. O ataque levou-o a tomar posições: dissolver o seu gabinete e a dialogar com a oposição que reclama a sua demissão.
“Eu dissolvo o Governo a partir de hoje a fim de criar condições para mudança. Estou a chamar os líderes da oposição para colocar um ponto final nos protestos. Prometo abrir o diálogo com todos para terminar a crise”, disse num comunicado difundido pela Radio Omega FM.
O secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-Moon destacou o diplomata ganês Mohameda Ibn Chambas como enviado especial. Está prevista a sua chegada à capital Ouagadougou na sexta-feira para participar na missão de paz da União Africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
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