As operações de distribuição de correio postal dos CTT de Monchique foram transferidas para Portimão, o que poderá causar em “breve prazo, o encerramento da loja existente que conta com uma funcionária”, revela o Partido Socialista (PS) de Monchique.
Para tentar reverter a situação, que terá “consideráveis implicações negativas”, o PS de Monchique enviou uma moção à Câmara Municipal, apresentada e aprovada a 19 de janeiro em sessão ordinária, “pela defesa dos serviços públicos dos CTT” no concelho.
O partido considera que “a estratégia adotada provoca atrasos no correio normal, incremento de extravios, aumento dos tempos de espera, perda de trabalhadores, descaracterização da imagem e valor da marca CTT, sem ter em atenção que os serviços prestados são essenciais para todos, em particular para a população mais vulnerável, nomeadamente os idosos”, segundo o comunicado.
Esta decisão vai afetar a distribuição regular dentro dos prazos, uma vez que está previsto que essa tarefa seja feita em parte da vila de Monchique por apenas um carteiro, “que trará a correspondência de Portimão, sendo o restante território assegurado por empresa externa”.
Outra das consequências que esta transferência causará, segundo o PS/Monchique, será o aumento de devoluções e extravios e ainda os impactos negativos na vida familiar de três carteiros residentes no concelho do interior algarvio.
O PS/Monchique considera ainda que desde a empresa foi privatizada, os CTT “têm procurado reduzir significativamente a sua responsabilidade do cumprimento do serviço público a que estão vinculados, com o consecutivo encerramento de lojas e a diminuição dos recursos humanos”.
Como alternativa, o partido refere que a empresa tem “protocolado com juntas de freguesia diversos serviços, concessionado alguns giros a empresas privadas e, inclusivamente, colocado fim à distribuição diária de correio”.