Oposição reage “sem surpresa” ao caso de polícia Portimão Urbis

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O presidente da câmara, Manuel da Luz, garante que desconhecia as alegadas irregularidades. Mas os partidos da oposição não ficaram surpreendidos com a detenção do vice-presidente Luís Carito e dos restantes arguidos

“Foi sem surpresa que o PPD/PSD Portimão tomou conhecimento de uma operação de larga envergadura da Polícia Judiciária na câmara municipal e na empresa municipal Urbis”, revelaram em comunicado os sociais-democratas, depois da operação efetuada pela PJ que culminou na detenção do vice-presidente e de um vereador da Câmara de Portimão, assim como outras três pessoas.

“O PPD/PSD Portimão ao longo dos últimos seis anos denunciou factos inexplicáveis dentro do município”, adiantam agora os sociais-democratas, referindo que o presidente da autarquia, Manuel da Luz, “deve uma explicação e um pedido de desculpas aos cidadãos”.

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“O seu «ministro das Finanças» está preso preventivamente! O município de Portimão está num estado caótico, fruto de uma gestão ruinosa, de mentiras e de fraude, exige-se uma posição da sociedade civil, uma crítica e uma censura dos portimonenses”, lê-se no comunicado.

Ainda de acordo com o PSD local, “o PS geriu o município e as empresas municipais como uma quinta sua. É tempo de dizer basta! É tempo de pedir responsabilidades”.

Já a concelhia da CDU exige que seja apurada “toda a verdade” no caso da Portimão Urbis.
“A fim de que a população seja totalmente esclarecida, a comissão de Portimão da CDU exige que seja apurada a verdade sobre os motivos que conduziram a tal iniciativa judicial”, salientam os comunistas em comunicado.

João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda, refere que “Portimão e os portimonenses não mereciam um escândalo e uma vergonha de tamanhas dimensões, de acordo com as suspeitas judiciais de corrupção, branqueamento, administração danosa, participação económica em negócio e associação criminosa”.

“Eu próprio e o BE exigimos saber a verdade e que se apurem todas as responsabilidades, doa a quem doer. E que os culpados sejam punidos, com mão pesada, e os inocentes sejam absolvidos”, conclui João Vasconcelos, frisando que “a Portimão Urbis transformou-se num poço sem fundo e num sorvedouro de dezenas e dezenas de milhões de euros financiados pela câmara.

Entretanto, o presidente da câmara, o socialista Manuel da Luz, acaba de quebrar o silêncio esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa sem direito a perguntas dos jornalistas. O autarca garantiu que desconhecia as alegadas irregularidades praticadas por “pessoas que mereceram a minha confiança pessoal e política”. “Se tivesse tido conhecimento de algum indício grave, teria agido de acordo com a lei”, rematou Manuel da Luz.

NC/JA
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