Os "Maios" arrebatam sorrisos com suas sátiras

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A tradição dos “Maios ou “Maias” estará de regresso no 1º de maio, os bonecos de trapo em tamanho real, vestidos e calçados, com quadras satíricas sobre a sociedade saem à rua, são colocados na soleira da porta, nos muros, jardins e estradas.
Esta tradição de origem pagã está relacionada com os ritos da fertilidade em honra da deusa “Maia” ou “Bona Dea” (deusa da fertilidade, saúde e castidade), celebrando o início da Primavera e o novo ano agrícola.
Aparentemente, esta celebração tem origem no império romano, onde se festejava a chegada da primavera e das primeiras flores do ano, uma celebração que durava 3 dias. Havia o costume de dançar, cantar e degustar um faustoso banquete. Com o surgimento do cristianismo estas festividades foram proibidas, pois eram consideradas como um costume diabólico.
Estas festas eram celebradas por todo o mundo, assumindo diferentes formas de comemoração. Atualmente, alguns países usam um mastro enfeitado, à volta do qual se dança e canta. Já em Portugal há festejos de norte a sul, sendo que no Norte há o costume de enfeitar as portas, janelas, varandas com flores e giestas amarelas. Na Estremadura, a “Maia” é uma menina adornada com flores que percorre as ruas com as amigas. No Alentejo, as “Maias” são raparigas vestidas de branco, com uma coroa de flores na cabeça, que estão sentadas num trono à porta de casa e pedem “uma moedinha para a Maia que não tem saia”. Já no Algarve a tradição consiste em colocar à porta de casa, na rua ou no jardim uns bonecos feitos de palha, papel, pano em tamanho real e com quadras que ridicularizam a sociedade em que vivemos. Os bonecos maldizentes são colocados na madrugada de 30 de abril e retirados na noite de 1 de maio, estes pretendem retratar cenas da vida real, criticar, ou mesmo narrar o quotidiano.

Carmo Costa

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