Passos Coelho apoia entrada do FMI

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Presente na iniciativa “Mais Sociedade”, no Porto, Pedro Passos Coelho afirmou que apoiará o Governo se José Sócrates entender que deve pedir ajuda externa antes das eleições de 5 de junho

O líder do PSD lançou, hoje, o repto ao primeiro-ministro de pedir ajuda caso o Governo não “tenha condições” para assegurar os compromissos de pagamento ao exterior nos próximos dois meses.

“Só o Governo está em condições de dizer se tem ou não meios para assegurar os compromissos do país para com o exterior. Se para remover o risco do país entrar em incumprimento, não deixarei de apoiar um empréstimo intercalar junto das instâncias internacionais”, frisou hoje Passos Coelho.

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Numa intervenção em tom de pré-campanha eleitoral, o líder da oposição justificou uma vez mais o chumbo do PEC 4, alegando que as medidas apresentadas não iam suficientemente longe para resolver a dramática situação do país.

Pedro Passos Coelho sustenta que não é penalizando mais as famílias e as empresas que Portugal resolve os problemas financeiros, razão pela qual recorrerá, sem preconceitos de orgulho ferido, à ajuda do FMI se for necessário.

Durante a sua intervenção hoje, no Porto, o líder do PSD acusou Sócrates de agir de forma bipolar, ao dizer num dia que o país não necessita de ajuda externa e, no dia seguinte, o Ministro das Finanças afirmar “ter dúvidas”.

A concluir a sua intervenção, Passos Coelho alertou para a manobra “descarada” do PS em responsabilizar o PSD para um eventual corte no 13º mês e nas pensões, recusando “ficar refém de chantagens políticas”.

Para reabilitar o país, o líder do PSD comprometeu-se a ouvir a sociedade civil, e todas as ideias e propostas hoje anunciadas no decurso do debate “Mais Sociedade – Uma Visão para Portugal”. Deixou ainda no ar a possibilidade de alianças partidárias para as próximas eleições de 5 de Junho.

O projeto “Mais Sociedade” organizado por António Carrapatoso, chairman da Vodafone, contou com intervenções de João Lobo Antunes, mandatário das campanhas presidenciais de Jorge Sampaio e Cavaco Silva, do sociólogo Manuel Vila Verde Cabral, do historiador Rui Ramos, e do economista Vítor Bento.

Entre os presentes estive também o economista Daniel Bessa, a conquista mais visível de Passos da área do PS. No encontro participaram ainda a maioria dos autarcas sociais-democratas do Norte. Como já era esperado, Rui Rio fez-se notar pela ausência.

Isabel Paulo (Rede Expresso)

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