Passos Coelho pede “humildemente” para governar mais quatro anos

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Bandeiras ao ar, uma ronda pelas barracas, discursos a falar da esperança, do futuro e das eleições de 4 de outubro. Miguel Albuquerque pediu o voto em Passos Coelho, o “homem que recuperou o país do desastre socialista”e o líder nacional do PSD, em estreia na festa do Chão da Lagoa, disse que queria uma oportunidade para mostrar que é capaz de governar em tempos de recuperação económica. E, no fim, ainda houve um encontro com Jardim, que não quis perder a festa que criou.

Nem a presença de Alberto João Jardim ensombrou o dia. A crispação política entre sociais-democratas da Madeira e a direção nacional do partido foi enterrada e Miguel Albuquerque e Passos Coelho optaram por falar dos 100 dias de Governo Regional e do futuro, das eleições legislativas de 4 de outubro. Sem referências a Jardim, mas apenas “aos tempos em que houve muito dinheiro”, o anfitrião falou de uma nova era, de mudança e do PSD, que é “o farol de esperança” na Madeira.

E, depois de enumerar as conquistas dos 100 dias de Governo, Albuquerque apelou ao voto em Passos, “o homem que salvou Portugal, que merece a oportunidade de continuar no Governo de Lisboa. É do interesse dos madeirenses e, claro, dos portugueses”. Ainda assim, a Madeira continua a ser a Madeira e, após a apresentação dos candidatos à Assembleia da República, o líder regional deixou claro: os deputados eleitos pelo PSD estão ao serviço dos madeirenses. Os interesses do partido vêm a seguir.

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Passos Coelho encerrou as intervenções políticas no Chão da Lagoa, o primeiro sem Jardim como presidente, mas tão cheio como antes. O discurso no mesmo tom, os 100 dias de governo e as eleições de 4 de outubro. Aos portugueses, o líder do PSD pediu humildemente a oportunidade para governar por mais quatro anos. Quer ter a oportunidade de governar um país em recuperação, de ver o país crescer e não ser apenas o primeiro-ministro da crise.

E deixou algumas promessas, como garantir as mesmas oportunidades a todos os queiram investir em Portugal, sem privilégios ou “batota”. Aos madeirenses prometeu “fazer das tripas coração” para construir um novo hospital central. No fim, confessou que se sente triste por ver a oposição negar todas as conquistas, todos os avanços, dizer que são dados falseados. Enfim, a prova de que essa oposição é necessária, mas não serve para governar.

Miguel Albuquerque e Pedro Passos Coelho enterraram a crispação política entre a Madeira e Lisboa e, antes de subir ao palco da herdade para as intervenções políticas, fizeram a ronda pelas barracas das 54 freguesias, onde experimentaram petiscos e bebidas, levaram abraços e receberam frases de incentivo. Também tiraram muitas “selfies”, até com um humorista local, o compadre Jodé, que andava pelo Chão da Lagoa com uma máquina na ponta de uma foice.

A festa cumpriu a tradição e houve ranchos folclóricos, banda e, claro, piadas com as doses de coelho numa das barracas. A dose custava 5 euros, a meia dose 3. Passos Coelho encaixou a piada, mas não provou o coelho, preferiu antes a carne de vinha e alhos. E depois seguiu a ronda e experimentou o que cada freguesia oferecia de polvo, cerveja e poncha; até tocou o brinquinho. Ou não fosse uma festa em estilo de arraial madeirense.

Jardim aparece, mas não diz se vota em Passos Coelho, nem se avança para Belém

O presidente do PSD acabou por se cruzar com Alberto João Jardim, que só apareceu depois dos discursos, mas ainda a tempo de cumprimentar o líder nacional e o líder regional do partido. O encontro foi cordial e Jardim até disse que não era dia para se falar em quem ia votar nas eleições nacionais.

O dia era de festa, a festa que Jardim criou, e por isso nada de legislativas nacionais ou de candidatura presidencial. “Não é fácil ser candidato presidencial num país em que todos protestam, mas depois todos têm cagaço de sair da mesma”.

E arrumada a política, Alberto João Jardim retomou a ronda, exatamente como antes, quando era o líder do partido, de polo cor de laranja e chapéu de palha na cabeça. Por essa altura, Passos Coelho seguia a caminho do aeroporto, onde o esperava um voo para os Açores. No Chão do Lagoa, seguia o espectáculo no palco e Jardim tirava “selfies”.

RE

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