Passos diz que acordo com PS “era a melhor prenda no 25 de abril”

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Passos Coelho deixou um desafio a António José Seguro

“Era a melhor oferta que os partidos podiam fazer neste 25 de abril”. O quê? Um acordo sobre a reforma do Estado. Passos Coelho encerrou o Congresso do PSD sem reinventar o discurso. Insistiu no convite “a todos os partidos para que apresentem as suas propostas para controlar o défice e a dívida”. E insinuou que se tiver garantias da oposição arrisca a saída limpa.

“Não é preciso perguntarmos à troika o que é que temos que fazer. Não precisamos de um contrato com os nossos parceiros, não é preciso essa muleta”. afirmou o primeiro-ministro. Para, logo a seguir, convidar os partidos a sentarem-se no Parlamento com propostas para reformar o Estado. “Não temos que ter as mesmas opiniões para termos entendimentos alargados”, afirmou.

Passos invocou os esforços de Cavaco nesse sentido e exibiu as dificuldades que ele próprio e Paulo Portas viveram, “cada um com a sua teimosia”. Se o “sentido de responsabilidade” imperou entre os parceiros de coligação “temos que pedir aos outros que façam o mesmo”.

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O dia D do verão passado em que o sentido de responsabilidade esteve por um fio foi lembrado no Congresso. Um filme passado no fim mostrou Passos a falar ao país no dia em que travou a saída de Portas: “Eu não abandono o meu país”. Portas ouviu, sentado na primeira fila.

A António José Seguro, Passos deixou o desafio: “algum líder pensa ficar com menos popularidade se disser: quero menos défice?”. Puxando pelo slogan do Congresso – “Acima de tudo Portugal” – o primeiro-ministro lembrou que “se todos radicalizarmos posições deixamos poucas escolhas aos portugueses”. O apelo ao PS para que diga o que fará diferente foi reafirmado em tom menos dramático que o habitual. Descrenca ou esperança, em maio se verá.

Sem avançar nada de concreto sobre o que temos que fazer no pós troika, Passos alertou que “a exigência vai ser maior depois de maio”, “tudo o que fizemos não chega” e ele próprio confessa “não ter vontade de festejar”. Apenas rejeitou a ideia que de quem está no Governo tem menos sensibilidade” e garantiu a defesa de um Serviço Nacional de Saúde universal.

Proposta concreta, ficou uma: o Governo vai criar uma comissão para apresentar propostas para combater a baixa de natalidade. Convidado para presidir: Joaquim Azevedo, da Católica.

RE

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