Passos e Portas vão aplicar acordo ortográfico que criticaram

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A partir de 1 de janeiro de 2012, a nova grafia terá de ser aplicada em toda a administração pública. Mas o executivo ainda não fez contas. Passos e Portas já foram críticos do acordo.

A adoção do acordo ortográfico no sistema de ensino terá inicio já no próximo ano letivo e, a partir de janeiro de 2012, a nova grafia terá de ser aplicada em todos os organismos, serviços e entidades dependentes do Estado.

Esta resolução do conselho de ministros do Governo do PS foi publicada em Diário da República, a 25 de janeiro. Sete meses depois, quase ninguém no Governo PSD/CDS-PP quer falar sobre o assunto. E quanto a custos, não há resposta.

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O “Público” questionou o primeiro-ministro, através do seu assessor de imprensa, sobre os gastos previstos para a conversão ortográfica na administração pública. Não obteve, no entanto, resposta. O mesmo aconteceu com o gabinete de imprensa do Ministério da Educação e da Ciência, que não respondeu acerca dos custos, só adiantou que o ministério “está atento à entrada em vigor do mesmo, em setembro”.

Foi ainda contactado o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro. “Custos não sabemos, não há estudos sobre isso”.

O programa de Governo defende, no entanto, a aplicação do acordo, embora também não avance com qualquer previsão sobre os custos. No documento poderá ler-se que o executivo “acompanhará a adoção do novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, garantindo que a sua crescente universalização constitua uma oportunidade para colocar a língua no centro da agenda política, tanto interna como externamente”. Só não explicita quais os benefícios, ou custos, da conversão ortográfica.

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5 COMENTÁRIOS

  1. É agora que todos os portugueses que falavam muito mal, vão passar a falar bem. Já poupamos em tudo era uma questão de tempo até chegar á lingua.

  2. Recuso-me a ADOPTAR este aborto ortográfico. Se não tiver escolha possível no futuro próximo  ao ser obrigado a escrever essa atrocidade, passo a escrever em inglês.

  3. não sei se é o caso de quem colocou os últimos posts, mas há muita gente que não concorda com o acordo porque desconhece. Já vi criticar que se escreva “fato” em vez de “facto”. Na verdade, aqui o “c” mantém-se. Tal como em “contacto”, etc…. Os únicos “c” que desaparecem são os que não são lidos… E alguém se lembra como se escrevia Farmácia há quase um século: era “Pharmacia”. Hoje já toda a gente concorda com Farmácia, por exemplo… 

    • Pharmácia, pharmacêutico. Sciência, philosophia. Em Inglês, escreve-se, hoje, no séc. XXI,  pharmaceutic, philosophy. Ou science e philosophie em francês. Ou em alemão, lá está o ph. E o francês tem as consoantes finais que não são lidas, e montes de duplas consoantes, como o português e se só se escrevesse o que se pronunciasse metade do inglês desaparecia…. Não evoluíram! Quem quiser estudar em inglês, francês ou alemão tem de escrever como se escrevia há 100 anos em Portugal. Depois, em 1911, a república maçónica portuguesa mutilou o português e Portugal e Brasil tornaram-se duas pujantes potências culturais. O inglês, como uma ortografia que se mantém praticamente na mesma desde o séc XVII é hoje uma língua morta e Grã-Bretanha, França, ou Alemanha são países atrasados, sem a sorte que nós tivemos.

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