Paulo Morais, o primeiro candidato oficial

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Paulo Morais

O dia não foi escolhido por acaso. O 1º de dezembro assinala a Restauração da Independência e Paulo Morais escolheu esta data para entregar no Tribunal Constitucional as 20 caixas de plástico com as quase 8000 assinaturas que formalizaram a sua candidatura às presidenciais 2016, porque “esse simbolismo tem que ver com a independência de que todos precisamos em Portugal”. E passou a explicar: “Independência do Estado face aos grupos económicos, independência do país face a alguns interesses estrangeiros, nomeadamente angolanos, chineses e outros que têm vindo a dominar o país, e sobretudo a independência de cada cidadão face a um conjunto de amarras que têm sido impostas em Portugal”.

Com quase 50 dias de campanha pela frente, o candidato que se tornou conhecido na vida política quando integrou a primeira candidatura de Rui Rio à Câmara do Porto em 2001 garante que a sua campanha não vai ser feita com bandeiras, arruadas, jantares ou outdoors. Será uma campanha “de combate de ideias”. “Onde os outros tiverem bandeiras, nós temos ideias, onde os outros tiverem jantares, nós temos debates”, acentuou à porta do TC, perante um pequeno grupo de apoiantes que, além de aplaudir, entoou o hino nacional.

Paulo Morais, que se fez acompanhar da sua mandatária Teresa Serrenho, pediu a todo os apoiantes “que passem a palavra da campanha”, cujos princípios gerais são o combate à corrupção, à mentira, a transparência na vida pública, em particular nas contas públicas, e também a defesa de um conjunto de princípios constitucionais, que todos sabemos quais são”.

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OE pode ser discutido entre Natal e fim de ano

Sobre a indigitação de António Costa como primeiro-ministro, Paulo Morais considera que “foi eventualmente muito lenta” e que já é tempo de termos políticas “mais democráticas e mais ágeis”. “Os passos que o Presidente da República deu estão certos, só que em vez de ter demorado 50 dias devia ter demorado apenas 5”. Garante por isso que se fosse PR teria dado posse ao fim de cinco dias a um primeiro-ministro que lhe desse “um mínimo de garantias de ter um suporte parlamentar”, como se faz “nos países do norte da Europa”.

Quanto à possibilidade de o próximo PR assumir o mandato ainda sem haver um Orçamento do Estado (OE), o candidato começa por afirmar que o OE “tem sido um documento complexo porque os políticos querem que as pessoas não percebam nada do que lá está”, mas que este “não precisa ter 300 nem 400 paginas, basta ser um documento com quatro páginas que explique como é que vai ser distribuída a despesa do Estado e de onde é proveniente a receita”.

Por essa razão, considera que o OE pode ser discutido antes do fim do mês. “O governo tem a obrigação de apresentar o OE em oito dias e o parlamento pode discuti-lo eventualmente entre o Natal e o fim de ano. Trabalhem entre o Natal e o fim de ano, que é o que fazem os outros portugueses todos”, concluiu.

Alexandra Simões de Abreu (Rede Expresso)

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