Na próxima semana, no dia 18, Paulo Morais vai apresentar a candidatura às presidenciais, no café Piolho, um dos mais emblemáticos na cidade do Porto. Em entrevista ao “Correio da Manhã”, o professor universitário diz que a principal preocupação é o combate à corrupção.
“Combate à corrupção é o primeiro de todos os combates, depois da transparência da vida politica e, na vida, pública em geral, o respeito pelos princípios constitucionais mais básicos, que têm vindo a ser violados, e, finalmente, um combate à mentira sistemática na sociedade portuguesa”, diz.
Paulo Morais admite que Portugal precisa de “uma grande regeneração” a todos os níveis. Outro ponto mencionando na entrevista passa pela acumulação de cargos dos deputados no Parlamento, que além de deputados são funcionários de outras empresas. Acusa-os de utilizarem a informação privilegiada a que têm acesso no Parlamento para beneficiar os grupos económicos onde trabalham. “Os deputados estão no Parlamento não por lealdade ao povo que os elegeu”, aponta.
Recorde-se que este é segundo candidato a revelar publicamente a intenção de concorrer a Belém. Henrique Neto, antigo deputado socialista, foi o primeiro. No último sábado, o Expresso revelou que a candidatura de Sampaio da Nóvoa, antigo reitor da Universidade de Lisboa, estava pronta para avançar.
Paulo Morais nasceu em Viana do Castelo, há 52 anos. é casado e pai de cinco filhos. Atualmente é professor na Universidade Portucalense, onde leciona nas áreas da estatística e matemática. Foi o número dois de Rui Rio, entre 2002 e 2005, na Câmara Municipal do Porto e pertenceu à Associação de Transparência e Integridade. Aos 16 anos tornou-se militante do PSD, lugar que só deixou em 2013.
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