PCP acusa hotel em albufeira de recorrer a trabalhadores temporários para “fintar” greve

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A comissão concelhia do PCP de Albufeira acusou ontem a administração do Hotel Montechoro de recorrer a empresas de trabalho temporário para colmatar os efeitos da greve que os trabalhadores estão a realizar por exigirem salários em atraso.

A denúncia foi feita num comunicado divulgado hoje e o recurso a trabalhadores temporários foi confirmada à Lusa pelo Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria do Algarve.

A greve começou à meia noite de hoje e termina à meia noite de sexta feira e, segundo o PCP, “a administração arrasta há muito tempo o cumprimento das suas obrigações e procura, através do recurso a trabalhadores de empresas de trabalho temporário, contornar os efeitos da justa greve dos trabalhadores”.

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O PCP manifestou a sua solidariedade aos trabalhadores e exigiu a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para “repor a legalidade”.

Um dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria do Algarve disse à Lusa que assistiu à entrada de carrinhas com trabalhadores temporários para substituir os grevistas, que têm três meses de salários em atraso (abril, maio e junho).

“O Sindicato está presente no Montechoro e assistiu à entrada desse pessoal temporário. Entraram duas carrinhas com pessoal, que está a fazer o serviço dos trabalhadores que não recebem o vencimento”, afirmou Henrique Almeida.

O dirigente sindical disse achar “estranho haver dinheiro para os temporários receberem e não haver dinheiro para os trabalhadores do hotel”.

“Isso é ilegal. Chamámos a inspeção do trabalho, que chegou às 10:00 e às 13:00 ainda estava no hotel, mas ainda não sabemos o que apuraram”, revelou Henrique Almeida, precisando que estão em causa cerca de 100 trabalhadores e a adesão à greve ronda os 50 por cento.

A mesma fonte disse que “os trabalhadores estão muito chateados com a situação” e frisou que há famílias a trabalhar no hotel, “em que o marido e a mulher não recebem os salários e têm filhos, casa, carro e contas para pagar”.

A Lusa tentou contactar a administração do Hotel Montechoro, mas até ao momento não foi possível ouvir a sua posição.

***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***

Lusa/JA

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