O Partido Comunista Português (PCP) do Algarve apelou esta semana à participação à manifestação convocada pela CGTP-IN no dia 1 de maio, pelas 10:30, em Faro, exigindo o aumento geral dos salários, que considera “decisivo” para o desenvolvimento da região.
“Os baixos salários, a degradação de direitos, a generalização da precariedade, a desregulação de horários, o desrespeito pela liberdade sindical, marcam a vida de milhares de trabalhadores algarvios”, começam por dizer os comunistas, em comunicado.
Segundo o partido, esta realidade foi agravada nos últimos meses devido ao aumento generalizado dos preços dos bens e serviços essenciais como os alimentos, a energia e os combustíveis.
O PCP/Algarve acusa o Governo de recusar a promoção de um aumento geral dos salários, ” protegendo assim os lucros dos grupos económicos – que foram dos maiores nos últimos anos – e transferindo para as costas dos trabalhadores e das camadas populares os custos de uma inflação que nunca será inferior a 4% no presente ano”.
“Na região algarvia, marcada pela monoatividade do Turismo, este problema é particularmente agravado, com milhares de trabalhadores a serem empurrados para a pobreza e sem perspectivas de dignificação das suas carreiras e profissões”, acrescenta.
Para o PCP “é preciso valorizar o trabalho e os trabalhadores e lutar pelo aumento geral dos salários, incluindo a subida do salário mínimo nacional para os 850€ no curto prazo, pela recuperação de poder de compra perdido por parte dos trabalhadores da administração pública e pela revogação das normas gravosas do código do trabalho, designadamente a caducidade da contratação coletiva que, desde 2004, tem impedido o crescimento dos salários no sector privado, com excepção do salário mínimo nacional”.
O partido considera que “o aumento dos salários é não apenas fundamental para impedir a perda de poder de compra por parte dos trabalhadores e uma mais justa distribuição da riqueza, como é decisivo para a dinamização do mercado interno para o qual trabalham a esmagadora maioria das micro, pequenas e médias empresas, que estão a ser esmagadas pelos custos da energia, dos combustíveis, do crédito, dos seguros ou das portagens”.